Revista da ESPM MAI-JUN_2008

71 MAIO / JUNHO DE 2008 – R E V I S T A D A E S P M mundo”, segundo a definição oferecida por Heidegger 1 . Com esta expressão o filósofo alemão referia-seàs imagensdemundoproduzi- das pela ciência e, consequentemente, a uma visão que via o aparecimento de uma ontologia técnica e de uma essên- cia técnica do homem. Desde este ponto de vista, não só a tecnologia e a técnica devem ser consideradas parte integrante do processo de conhecimento e de mudança das diversas áreas das ciências, mas os instrumentos utilizados pelos cientistas para ob- servar a natureza são eles mesmo parte da mesma natureza, uma vez que permitem o contato, o diálogo com a ela, além da sua própria interpretação. Numa análoga e não dialética con- cepção,aobradeM.McLuhandesacata- rá o significado não instrumental da mídia, atribuindo a ela a capacidade não ape- nas de veicular infor- mações mas de alterar a nossa percepção e os nossos sentidos. Segundo o estu- dioso canadense, o processo de al- teração das tec- nologias da infor- mação muda a nossa forma de MARTIN HEIDEGGER MARSHALL MCLUHAN

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