Revista da ESPM - MAR-ABR_2008
10 R E V I S T A D A E S P M – MARÇO / ABRIL DE 2008 dadedepolíticas –aindaqueelas sejam recriadas, refinadas, avancem. Épreciso continuidade. Dito isso, quando se fala empromoção internacional, a partir do momento em queconstruímosumplanodemarketing – que é o plano Aquarela, baseado em pesquisas tanto quantitativas quanto qualitativas – e se estabeleceu uma es- tratégia demarketing – e foi criada uma marca Brasil como destino turístico –, é importanteressaltarqueainda temosum longo caminho a percorrer. Porque em cadapaís, ascoisasacontecemde forma completamente diferente. Quando se começa a compreender como este negócio – o Turismo – funciona, per- cebe-se que existemmuitas variáveis. CLÁUDIA – Como trabalhar a ima- gem do nosso país? JEANINE – A imagem do Brasil depende de vários elementos: de relações históricas, econômicas, políti- cas, entre os países. Depende do que as comunidades já construíram em suas memórias, do que elas pensam sobre o nosso país, de experiências próprias ou de amigos que viveram ou passarampeloBrasil. E só depende, finalmente – em parte –, da nossa intervenção sobre a construção dessa imagem. CLÁUDIA –Qual seria amaior dificul- dade em trabalhar a imagem do país no exterior? JEANINE – Nossa aceitação lá fora é imensa, porque as pessoas adoram o Brasil. As pessoas olham o Brasil e vêem um país que se renovou, que se encontra em um outro momento e que despertou para os temas que hoje são, absolutamente, globais. Mas eu diria que o nosso maior desafio é dar continuidade a esse trabalho. Por isso insisto que não se trata de continuís- mo, mas de continuidade, coerência. Por exemplo: temos um programa de relações públicas lançado em alguns países, em agosto, ao qual estamos dando continuidade agora em um total de nove países. É um trabalho de relacionamento, de mídia. Se ele for interrompido, não só se perde o que já foi feito, mas, ao se tentar recuperar, é muito mais difícil. Eu costumo dizer que a diferença entre vender a marca de um produto privado e a marca de umpaís é quemuitomais coisas estão em jogo. Quando eu, uma Ministra ou uma pessoa da nossa equipe vai fazer um trabalho, não sou eu, ela ou sua capacidade profissional que estão chegando, mas sim o nome do país. A responsabilidade é muito grande. A continuidade disso ganha um peso importante, porque trabalhamos com duas mãos – a do curto prazo e a do longo prazo. O curto prazo é trazer turistas, divisas e resultados. O resultado disso, de forma consistente, METADE DAS VIAGENS NO MUNDO SÃO EM BUSCA DE SOL E PRAIA Fernando de Noronha (PE) - Fotógrafo: Renata Victor TURISMO Entrevista
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