Revista da ESPM - MAR-ABR_2008

Mesa- Redonda 118 R E V I S T A D A E S P M – MARÇO / ABRIL DE 2008 estadual, o que se arrecada em restaurantes ainda é muito pouco. E a nossa política é elevar em 100 milhões o mercado interno, e em 20 milhões a chegada de turistas internacionais. MÁRIO –Você estava falando, Nelson, até de identificar os nichos, os princi- pais destinos...OpróprioMinistériodo Turismo fez isso junto coma Embratur. Não tenho o número agora, vocês podem me ajudar. CACO – São 67 novos destinos e roteiros e existem 257 cidades de especial interesse turístico. JRWP – Esses números não são como aqueles das fazendas produtoras de carne, não é? Que jogaram numa cesta e chegaram a mais de 2 mil... CACO – Claro que não. Por exemplo, existem 6 mil municípios. Aliás, é bom quando a iniciativa privada... JRWP – São 125 destinos que vocês priorizam, não é? CACO – Na verdade, não adianta, porque se a gente fizer um catálogo com 6 mil municípios... JRWP – É bom que fique registrado que o custo do turismo interno é bem mais elevado do que o turismo externo. MÁRIO –Eu souoperador, hoje, e–por opção – escolhi a cidade de Salvador, embora seja paulista. Mas gosto muito de Salvador, onde fui gerente da Varig. Hoje, trabalho comomercado interna- cional,tantoreceptivocomoexportador. Aminhaoperadora trabalhaparaosdois segmentos. Fazendo uma comparação: com R$ 3 mil, que equivale a cerca de US$ 1.700, uma pessoa pode, por exemplo, passar uma temporada agora – em alta temporada – na Argentina, Buenos Aires comBariloche, emhotéis quatroestrelas até, compassagemaérea incluída. Eessemesmovalor, emalguns resorts noBrasil, corresponde a três dias de diárias. Alguma coisa está errada. Eu entendoqueodólarbaixo favorece isso, eatributaçãotambém.Mashá,também, umcerto exagero e imediatismo. Cinco milhões de turistas estrangeiros é muito pouco para um país que tem o poten- cial que nós temos. Temos de melhorar muito.Houveproblemascomasaídada Varig.Ogovernoprecisasermaiságil na liberação de outras companhias aéreas, que querem vir para cá. Será que po- demospensar emduplicar de5milhões para10milhões numcurtíssimoespaço de tempo? Eu acho que podemos, com ações em conjunto. O mercado da China está se abrindo e a Editora Abril já teve essa iniciativa de editar coisas emmandarim. Maravilhoso, fantástico. Mas será que os hotéis vão ter cardápio em mandarim? Vai ter aquela agüinha quente no quarto para eles fazerem o chá a que eles estão acostumados? Ainda falta essa preocupação, por partede todoo segmento. Seconseguir- mos esse tipo de mobilização, virão, naturalmente,milhões de turistas parao Brasil. A Embratur sabe disso: os turistas notam o problema da limpeza pública das grandes cidades, a segurança, as sinalizações turísticas – até os chilenos, argentinos, uruguaios e paraguaios que vêm aqui, em seus carros, têm grandes problemas para se locomover. Isso tudo tem de ser trabalhado. CACO –Estamos saindodeumaecono- mia fechada, ainda, para o mundo glo- balizado. Por que é mais barato ir para o Uruguai do que para Fortaleza? Às “O PRESIDENTE CHEGOU E ELEGEU O TURISMO COMO PRIORIDADE DE GOVERNO.”

RkJQdWJsaXNoZXIy NDQ1MTcx