Revista da ESPM - MAR-ABR_2008
que a rede Ibis tem uma taxa de ocupação de 76%, o que equiva- le a ter 100% dos apartamentos vendidos de segunda a sexta-feira e uma diária média líquida de R$ 99,00. Aos finais de semana existe uma diária promocional reduzida, convidativa, e os hóspedes em geral são jovens viajando a turismo, e geralmente de carro. Para quem vai a um casamento ou visitar a família, é bastante acessível hospedar-se num hotel Ibis. Em alguns deles a diária para os fins de semana é de R$ 55,00. Quando, em 1994, a Accor iniciou os estudos para o lançamento dos hotéis Ibis no Brasil, foram visitados hotéis da concorrên- cia em diver- sas cidades. E foi constatado que os forma- tos dos hotéis na faixa de preço econômica eram, na maioria, inde- pendentes, ou seja, não pertenciam a nenhuma rede hoteleira, e não seguiam um padrão determinado. Num primeiro momento, a equipe dedicada ao projeto pensou em fazer algo diferente do padrão ado- tado na França. Talvez um hotel com apartamentos maiores, com mais serviços, um frigobar nos aparta- mentos. Mas o diretor de marketing mundial para a rede Ibis, na época o brasileiro Marco Pimentel, enfatizou a necessidade de seguir o padrão para viabilizar a diária projetada. Bonadona atribui a esta disciplina na adaptação do produto o sucesso da marca, tanto para o cliente quanto para os investidores. A única exceção do produto brasileiro foi o minibar, pois os brasileiros não tinham na época, e talvez ainda não tenham, o hábito de usar as máquinas de gelo dos andares e o clima quente no Brasil induz a tomar as bebidas geladas. Mas, na rede Ibis, o minibar permanece vazio nos apartamentos. Se desejar, o cliente compra, na entrada, as bebidas de sua preferência e leva para o apartamento. Lá estará a pequena geladeira vazia onde ele guarda as bebidas já lançadas na conta no A REDE IBIS TEM UMA TAXA DE OCUPAÇÃO DE 76% O QUE EQUIVALE A TER 100% DOS APARTAMENTOS OCUPADOS momento que foram compradas. E do ponto de vista operacional não é preciso ter pessoas encar- regadas de abastecer o minibar e lançar o valor das despesas na conta do cliente. Para seguir os padrões da marca à risca, Bonadona foi buscar Frank Prou- vost, um jovem francês que conhecia muito bem o produto e falava portu- guês por ter morado em Comes e Bebes 125 MARÇO / ABRIL DE 2008 – R E V I S T A D A E S P M Ð
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