Revista da ESPM - MAR-ABR_2008
Para Bonadona, como o efeito demonstração da rede é parte do sucesso da marca, era preciso começar com ummínimo de hotéis: Afinal, sete foram financiados pela própria ACCOR com recursos pró- prios. “Nós tínhamos de fazer uma pequena rede nossa, para, posterior- mente, convencer investidores a construir hotéis e colocar a marca Ibis. Em 1994, era praticamente impossível pensar em tomar recursos emprestados para financiar a cons- trução de hotéis no Brasil, pois a taxa de juros era por demais elevada e a rentabilidade da operação não permitiria pagar os financiamentos e remunerar o investidor. O inves- timento em hotéis tem retorno de longo prazo. E por essa razão, em alguns países da Europa, a expansão do parque hoteleiro foi financiada a juros negativos. Mas nós acreditáva- mos que a marca seria um sucesso no Brasil e decidimos convencer os acionistas a investir do próprio bolso e aceitar retorno no longo prazo”, conta Bonadona. A certeza de um bom negócio estava ligada às características do mercado hoteleiro na época. Não havia hotéis econômicos de qualidade, o potencial de viagens crescia coma estabilização da economia, resultado do planoReal, e tanto Bonadona, diretor geral do braço hoteleiro da Accor no Brasil, quanto Firmin António, presidente do GruponoBrasil, estavamcertos de que a proposta agregava umvalor real para o cliente e, por esta razão, os retornos viriam. “Depois de muitas reuniões e commuita disposição nós tivemos au- torização dos acionistas para construir os seis primeiros hotéis no Brasil. Logo Os Ibis são hotéis de cidade. As placas de sinalização, terceiro elemento na comunicação, da marca, apontam a localização, prestando um serviço para os clientes, e, ao mesmo tempo, divulgam a marca. 127 MARÇO / ABRIL DE 2008 – R E V I S T A D A E S P M Ð
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