Revista da ESPM - MAR-ABR_2008

Case-study dos profissionais especificado e podemos, também, selecionar o primeiro gerente”. E quanto ao futuro? Bonadona responde: “a rede vai seguir crescendo por meio de parcerias e também pelo modelo de franquias”. no início, alguns parceiros se interes- saram em seguir com Accor, como a Construtora Setin, proprietária do primeiro Ibis na Capital e os demais foram construídos no interior de São Paulo. Hoje, além da Accor e da Construtora Setin, outros investidores participam da rede de diferentes for- mas, inclusive a da franquia”. Para operar os hotéis Ibis existe um plano de carreira que é diferenciado em relação ao que geralmente ocorre na hotelaria. Na hotelaria tradi- cional, pensando num hotel cinco estrelas, a estrutura é composta por um diretor geral, gerências para os principais departamentos, que são: hospedagem, eventos, alimentos e bebidas, manutenção, contabilidade e o departamento de pessoal. Abaixo das gerências estão as chefias e, re- portando-se a elas, os funcionários. “Se pensarmos num cinco estrelas, tem ainda as funções técnicas, um somelier apenas indica e serve os vinhos”, completa Bonadona. Na rede Ibis, há um gerente, um as- sistente e não há gerências e chefias. Os funcionários estão diretamente ligados a esse primeiro nível. Existe também a polivalência: alguém que atende na recepção serve o bar, que por esta razão está sempre ao lado da recepção. O fato de não ter chefias faz com que todos sejammuito mais próximos. Esse modelo de operação é algo que não se aprende nas facul- dades de hotelaria. Por essa razão, foi preciso formar as lideranças do Ibis internamente. Um programa de trainees garante que os alunos recém- saídos das faculdades aprendam na prática a gerenciar umhotel comesse perfil e as carreiras são mais rápidas porque a rede cresce muito. Na hote- laria de luxo tradicional é preciso até 15 ou 20 anos para alguém chegar a diretor do hotel. Na rede Ibis é pos- sível ser um gerente geral em menos de cinco anos. E quanto ao futuro? Bonadona res- ponde: “a rede vai seguir crescendo por meio de parcerias e também pelo modelo de franquias. Já temos algumas e nos estruturamos para oferecer aos franqueados uma marca forte, padrões de operação já testados, uma central de reservas que opera 24 horas por dia, um portal de internet, cartão fideli- dade e um programa de recursos humanos completo, com o perfil QUESTÕES PARA DISCUSSÃO 1. É possível franquear uma cadeia de hotéis como a Ibis? 2. Você (leitor) acredita que a franquia seria a melhor alternativa? Ou o Grupo Accor deveria investir seus próprios recursos na expansão? 3. Quando o Grupo Accor trouxe para o Brasil a rede Ibis, trouxe conceitos que refletiam a experiência francesa. Esses conceitos pré- estabelecidos são os mais adequados para a nova fase de expansão da rede no País? Que mudanças você recomendaria? 4. Além das características descritas no caso, que outros elementos poderiam ser agregados para reforçar as chances de êxito na expansão futura? 5. Dessas características atuais, o que lhe parece que deveria ser descontinuado? Por outro lado, quais as vantagens ou diferenças exclusivas que você enfatizaria, para posicionar a rede de hotéis Ibis, na nova fase de expansão? Case elaborado pela Profª. Célia Marcondes Ferraz, Coordenadora da Área de Pessoas do Pós-Graduação Lato Sensu da ESPM. Central de Cases ESPM Para download deste case, acesse: www. espm.br/centraldecases . 128 R E V I S T A D A E S P M – MARÇO / ABRIL DE 2008 ES PM

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