Revista da ESPM - MAR-ABR_2008

R E V I S T A D A E S P M – MAIO / JUNHO DE 2006 Sum ário EXECUTIVO SAI A TERRA DA GAROA, ENTRA A CAPITAL DO ENCANTAMENTO ORLANDO DE SOUZA pág. 34 Após se consolidar como a capital nacional dos negócios e ser bem- sucedida na promoção e realização de grandes eventos, a cidade de São Paulo direciona agora seu marketing para o encantamento dos seus mais de 9 milhões de visitantes por ano. Inspirado em quatro C´s, Captação, Capacitação, Comunicação e Con- trole, o São Paulo Convention & Visi- tors Bureau (SPCVB), em consonância com outras importantes entidades e órgãos do setor, entendeu que era preciso cativar, despertar emoções, criar um sentimento de orgulho por esta cidade. Por isto, investiu em pesquisas, campanhas, treinamentos e benefícios. Para a capital paulista, turismo, antes de vocação, tem sido uma atividade. ROCINHA: TURISMO NA MAIOR FAVELA DA AMÉRICA LATINA BIANCA FREIRE MEDEIROS pág. 40 Produções televisivas e cinematográfi- cas, tanto brasileiras quanto estrangei- ras, têm utilizado favelas cariocas como parte da narrativa. Nessas fave- las fictícias não há ênfase ao crime ou ao tráfico de drogas. A despeito de al- guma resistência, a prática do turismo na Rocinha, por exemplo, tem-se mostrado um negócio rentável e vem inspirando iniciativas semelhantes em nível global. O turismo na favela faz parte, portanto, de um fenômeno mundial que vem alcançando proporções inesperadas e a partir do qual se podem pensar temas mais amplos, como o das políticas de “mercadorização” de lugares, culturas e pessoas em um contexto de globali- zação e iniqüidade. Capazes de gerar sentimentos de medo e repulsa, ter- ritórios pobres e segregados são trans- formados, mundo afora, em atrações valorizadas pelo turista internacional. O artigo mostra como, nesta incursão pela Rocinha, uma localidade estig- matizada pode converter-se, pela via do turismo, em espaço de sofisticadas atividades comerciais, que incluem não apenas a produção e venda de souvenires, mas também a recupe- ração e construção de marcos urbanos para fins turísticos. FIDELIDADE E PROGRAMAS DE FIDELIDADE: EXISTE ALGUMA DIFERENÇA? PAULO SALVADOR pág. 48 Os programas de milhagem criados na década de 70 industrializaram o conceito de fidelidade. Passados 30 anos, ganhar milhas tornou-se tão banal e utilizá-las ficou tão difícil, que o modelo não gera mais fidelidade, mas sim insatisfação. Entretanto, essas empresas possuem um enorme ativo: uma base de dados de 100 milhões de consumidores esperando algo mais do que um punhado de milhas. Quando falamos em fidelidade, esta- mos falando em um estágio avançado de relacionamento com o cliente: tudo tem que funcionar como um reló- gio suíço. Cada ponto de contato com a marca é um momento da verdade, cuja soma de experiências positivas leva à satisfação. Um programa de recompensas é uma parte integrante de um sistema de fidelidade, mas sozi- nho ele gera somente ativação de cli- entes mas não fidelidade. Um cliente fiel defende a empresa e identifica-se com os valores e estímulos que a marca “entrega”. Já um cliente ativo só pensa em pontos e recompensas. GASTRONOMIA E TURISMO: RELAÇÕES PERIGOSAS CARLOS ALBERTO DÓRIA pág. 56 O texto chama a atenção para o fato de que, com a retomada de investimentos em hospedagem e alimentação, é hora de aprofundar a compreensão sobre a relação sempre contraditória entre gastronomia e turismo (especialmente hotelaria), já que a maior ênfase dos investimentos é em infra-estrutura (aeroportos, estradas, saneamento), sem atenção oficial para o desenvolvi- mento da gastronomia. Após analisar a transformação do modelo histórico (hotelaria suíça e culinária francesa), sugere linhas de desenvolvimento para a gastronomia entre nós. 142 I A D A E S P M – MARÇO / ABRIL DE 2008

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