Revista da ESPM - MAR-ABR_2008

26 R E V I S T A D A E S P M – MARÇO / ABRIL DE 2008 esses termos gastronômicos... AAber- deen na Austrália, Estados Unidos, Argentina e na própria Europa é a carne mais valorizada. O Brasil não produz aAberdeen pura, dava para ter o Brangus. Em 1989, introduzimos o Brangus no Brasil... GRACIOSO – Foram vocês que in- troduziram? Importante isto. É uma das marcas oudas raças das quais depende o futuro da pecuária no Brasil. BELARMINO – Não tenha dúvida, e junto com os Quintela. Há três anos lançamos, cruzando em cima dessa fêmea Brangus, o Wagyu, que é o boi japonês que permite fazer o Kobe Beef no Brasil. Falar em kobe não se deve. Tem que se falar em tropical kobe – “kobe dos trópicos” porque não temos o Aberdeen puro. Então agora lançamos esse outro produto que é o Tropical Kobe Beef; e, assim, vamos lançando, cruzando raças. GRACIOSO – Mudando um pouco de enfoque, como você explica a valorização da imagem da marca Rubaiyat? É o boca-a-boca do cliente, é a propaganda – porque vocês sempre usarambastante propa- ganda – ou que outras formas de divulgação você creditaria como responsáveis? BELARMINO –Acho que o pri- meiro fator obviamente é aten- der à expectativa, à exigência do nosso consumidor. GRACIOSO – Portanto, é o próprio cliente... JRWP – Me desculpe, Belarmino, mas você fugiu da pergunta como na história do ovo e da galinha, porque você está dizendo que satisfaz uma expectativa do consumidor.Mas quem foi que criou essa expectativa? Foram vocês, e de que forma vocês criaram esse cliente ou criaram essa expecta- tiva no cliente? BELARMINO – As histórias de restaurantes remontam os sécu- los – ou há 50 anos, no nosso caso. Vamos nos adaptando às tendências do cliente, ao que o mercado quer. Hoje nós sabemos que temos de fazer comidas mais leves, com menos condimentos; “FOMOS UM DOS PRIMEIROS CLIENTES DA DPZ.” “PARA MIM NÃO VALEM OS 50 ANOS, VALEM OS ÚLTIMOS 50 MINUTOS.” GASTRONOMIA Entrevista

RkJQdWJsaXNoZXIy NDQ1MTcx