Revista da ESPM - MAR-ABR_2008

46 R E V I S T A D A E S P M – MARÇO / ABRIL DE 2008 As estruturas e George Smith onde vivem apenas criminosos. A maioria de lá é de gente decente e trabalhadora. E o mais importante de tudo é que eles têm essa alegria, esse calor que encanta o turista”. Vale recordar que a cordialidade do povo brasileiro, na voz oficial, aparece como basilar na promoção do Brasil como destino turístico. Na venda da favela como atração turística, é acionado esse mesmo ideário secular que atribui à pobreza brasileira uma dimensão estética e um bom humor estrutural. Outro ponto de consenso entre os agentes promotores refere-se à relação das agências com o narcotráfico: ninguém é obrigado a dar nenhuma quantia aos traficantes. Não tenho, por razões óbvias, como verificar se esta informação está correta, porém vale ressaltar que as agências evitamas ruas emque a venda de drogas é ostensiva e recomendamquepessoas armadas não sejam fotografadas. Em seu material publicitário, todas responsabilizam- se pela segurança de seus clientes e os incentivam a trazer suas câmeras fotográficas e filmadoras. “A violência que existe na favela não é dirigida aos turistas. Eles são sempre bem-vindos”, garante um dos guias. A segurança é garantida,mas nempor issoo tráficode drogas e suas práticas violentas deixam de ser tema durante os passeios. MERCADO POPULAR DA ROCINHA Local: Rio de Janeiro, RJ Projeto: 2003 Conclusão da obra: 2004 Área do terreno: 1.900 m 2 Área construída: 1.300 m 2 Construção: RioUrbe Rocinha Fotos: Egeu Laus. Fotos: Celso Brando.

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