Revista da ESPM - MAR-ABR_2008
63 MARÇO / ABRIL DE 2008 – R E V I S T A D A E S P M Carlos Alberto Dória o complexo de sensações de prazer ao comer. As instituições onde isso deve- ria se dar são várias: escolas técnicas, faculdades de gastronomia, hotéis, pousadas, restaurantes.Nemtodas elas, contudo, têm o mesmo potencial de resposta a essa necessidade. GASTRONOMIA E HOTELARIA Se pensarmos a hotelaria como locus de desenvolvimento gastronômico, é precisoestar atentoà sua transformação histórica. Reconhecer, por exemplo, que o que chamamos de “hotelaria suíça” e “gastronomia francesa”, ou “Alta Cozinha Francesa”, nasceram e se difundiram praticamente juntas. Foi noperíodonapoleônicoqueoestilode vida francês passou a ser imitado mais emais nomundo todo. Sua difusão fez partedadiplomacia francesa, conforme atesta a ida de Antonin Carème – o principal chef da corte francesa, que O próprio cinema recente apresenta uma produção expressiva de filmes que nos transportam para vivências gastronômicas situadas em cenários bucólicos, ligados ao comer “camponês”. Comida de IEMANJÁ Comida de IANSÃ Comida de OSSAIN Comida de EXU Comida de OGUM Comida de OMULO Comida de XAMGO Comida de OSUMARE Comida de OXOSSI Comida de OXUM A época da inocência Razão e sensibilidade Elisabeth Esta diretriz desestrutura bastante a própria tradição, visto que, nesta, a “festa” é bastante circunscrita e delimitada, sendo em geral protegida por uma boa dose de ritual; por outro lado, torna o comer uma atividade privilegiada do lazer. Não foi esse, aliás, o caminho trilhado pela “comida de santo” baiana, do terreiro à mesa turística, numa caminhada secular? Ð Imagens do site: www.maemartadeoba.com.br
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