Revista da ESPM - MAR-ABR_2008
71 MARÇO / ABRIL DE 2008 – R E V I S T A D A E S P M Fernanda Portugal Gouvêa , Ismael Rocha e Stephan Duailibi Younes de Valor. Segundo Kotler, o que efe- tivamente um consumidor recebe é resultado da subtração entre o que ele recebe e paga. Valor monetário é somente uma pequena parte do total pago por um consumidor, pois deve ser acrescido do tempo gasto para a compra, a dificuldade para se chegar ao local, estacionar, se fazer entender, realizar a compra, o cuidado com sua segurança entre tantas outras coisas. A somatória de todas elas representa o valor final, ou seja, aquilo que tem efetivo peso no momento que o consumidor, aqui caracterizado como de classe A, considera ao fazer sua compra. Ao focarmos nas áreas de lazer, turismo e gastronomia, tais aspectos somam inúmeras outras variáveis, que passam pelo atendimento, agilidade, ambiente, pessoas, at- mosfera, segurança, localização e comunicação. Mas o consumo de produtos e serviços de luxo nas três categorias desse es- tudo não pode ser reduzido a somente tais motivações; ele perpassa outros valores que já foram considerados parte do consumo ostentatório, pas- sando para o consumo experiencial, e hoje, segundo Gilles Lipovetsky, se caracteriza como hiperconsumo. O conceito de paixão por marcas, construído por Kevin Roberts, CEO Mundial da SAATCHI & SAATCHI, na concepção que cunhou quando apresenta Lovemarks, completa o quadro. Valor total para o cliente Valor do produto Valor do serviço Valor do pessoal Valor da imagem Custo total para o cliente Custo monetário Custo de tempo Custo de energia física Custo psíquico VALOR ENTREGUE AO CLIENTE Aqui se estabelece o conceito de valor que Kotler, inspirado em Adam Smith, traduziu por uma simples equação que denominou Equação de Valor. Imagem: iStockPhoto Ð
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