Revista da ESPM - MAR-ABR_2008
79 MARÇO / ABRIL DE 2008 – R E V I S T A D A E S P M Fernanda Portugal Gouvêa , Ismael Rocha e Stephan Duailibi Younes destaque no cardápio. No elBulli, Fer- ranAdrià quebra paradigmas e põe um restaurante no roteiro turístico da terra de Gaudi. Aberto apenas de abril a setembro, com cardápio fixo, porções minúsculas e preços astronômicos, as reservas só conseguem ser feitas com um ano de antecedência. OChef afirma que virou grife para poder fazer o que gosta: passar seis meses por ano criando delícias inimagináveis. E não está sozinho. Adrià tem em sua equipe pessoas encarregadas por um departa- mento científico que se responsabiliza pela culinária de pesquisa e até um desenhista industrial para inventar a louça e o que for necessário para levar ao cliente esta novamaneira de comer. OelBulli se transformou emuma Love- mark que conecta a companhia e seu pessoal. OChef se tornou um ícone do hiperconsumo de Lipovetsky. No elBulli , Ferran Adrià quebra paradigmas e põe um restaurante no roteiro turístico da terra de Gaudi. Aberto apenas de abril a setembro, com cardápio fixo, porções minúsculas e preços astronômicos, as reservas só conseguem ser feitas com um ano de antecedência. presas que competemem imaginação, inspiração, inventividade e iniciativa. Integram sentidos e usam a emoção como grande diferencial de marca. Essas marcas conhecem muito bem seus públicos, seus hábitos e desejos. Elas vêm sendo capazes de gerar con- teúdoemformade expressões adequa- das à sua essência. De criar umcírculo virtuoso de expressões encontrando os consumidores e virando experiências, e de experiências memoráveis, al- cançandoagranderecompensa:adevo- lução dos consumidores em forma de relacionamento. Emrecente entrevista, Simon Nyeck, diretor do programa do Luxo da Essec de Paris, corrobora essa visão: “Fomos da era da mais-valia, do desejo de economizar para o futuro, para uma sociedade hedonista. É tudo mais sensual”, eleacrescenta. “Avalori- zaçãoda racionalização foi substituída pela importância das emoções.”Traba- lhar com os consumidores e aprender a pensar e a sentir como eles é como as Lovemarks acontecem. Tome-se o exemplo da gastronomia de luxo. Os restaurantes vão muito além de corredores bem distribuídos e pontos bem localizados. Os ambien- tes envolvem e criam atmosferas. Outros sentidos além do paladar e do olfato são utilizados para buscar associações sinestésicas e conseguir um espaço especial na memória dos freqüentadores. Visão, por exemplo. Visãodo ritual dopreparonas cozinhas envidraçadas e da beleza na apresen- tação dos pratos. A força de vendas é diferente. A começar pelo Chef. Uma figura mítica, carismática que mistura charme, mistério e a incrível capaci- dade de surpreender. No DOM, Alex Atala eleva um nhoque com rabada à iguaria merecedora de lugar de Fotos cedidas por elBulli/Ferrand Adrìa/Juli Soler/Albert Adrìa Ð
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