Revista da ESPM - MAR-ABR_2008
96 R E V I S T A D A E S P M – MARÇO / ABRIL DE 2008 Feira nada, mídia presencial que, na verdade, é, entre outras coisas, o que o país é”, exemplifica Corrêa, que, por atuar no setor de alimentos e bebidas, briga por isso para desvincular a imagem desses empresários ao desmatamento, às queimadas, aos problemas da cria- ção de gado, e que colocam esse mercado como um grande vilão, sem mostrar também as vantagens e benefícios que ele oferece. Atuando emumsetor primordial para o mundo e que interfere diretamente em diversos outros – afinal são 6,5 bilhões de pessoas que precisam se alimentar –, Corrêa afirma que ainda existem importantes bolsões de crescimento para o Brasil hoje, até mesmo dentro do país. “No Nor- deste, atualmente, existem 52 milhões de pessoas cujo PIB vem crescendo entre 3% e 4% acima do crescimento nacional nos últimos dez anos”, diz ele. Por conta disso, ele classifica a região como uma “mini- china”. “Nos últimos três anos, mais de 2 mil empresas relacionadas ao ramo de alimentos e bebidas indus- triais, comerciais ou de serviço, se instalaram no Nordeste.” Apesar do crescimento do mercado, Corrêa alerta que o grande negócio que o Brasil terá de enfrentar será a questão de agregar valor ao produto primário. “Terá de deixar de ser um país simplesmente exportador de commodities para se tornar exportador de produtos acabados ao gosto do consumidor”, diz ele. Como exemplo, ele cita que o maior exportador de café do mundo é a Alemanha, seguido da Itália e da Holanda. “Só que não há nenhum pé de café por lá, enquanto o Brasil é o maior exportador de grãos de café, que manda para esses países e depois compra o produto acabado, com inovação, agregação de valor de marca, com apelo ao consumo”, justifica. Por outro lado, Corrêa afirma que alguns frigoríficos já têm essa percepção e exportam produtos, como o carpaccio. “O Brasil tem uma oportuni- dade mundial muito grande de começar a agregar valor aos seus produtos primários, e isso nós também tratamos nos nossos encontros, nas nossas mídias presenciais”, diz ele, acrescentando a importância de servir como uma forma de ajudar o setor a descortinar os horizontes de oportunidades que exis- tem para os empresários brasileiros, tanto no mercado interno quanto no cenário internacional. “O Brasil não deveria ser visto como maior exportador de carne ou de frango ou porco, mas sim como fonte de geração de proteína animal, que, na verdade, é, entre outras coisas, o que o país é”. “Para se ter uma idéia, nós fazemos via site até pré-agendamentos de reuniões de negócios”, diz Corrêa. Supondo que um visitante da Arábia Saudita que vai visitar uma das nos- sas mídias presenciais, como a Fis- pal Tecnologia, e esteja interessado em equipamento de refrigeração, ele pode pré-agendar um encontro de negócios com os fornecedores do que ele precisa. “E isso acon- tece o ano inteiro”, diz Corrêa, que finaliza: “Eu estou presente na vida do meu cliente durante todos os dias e tudo vai desembocar no grande show, que é a feira”. “Nos últimos três anos, mais de 2 mil em- presas relacionadas ao ramo de alimentos e bebidas industriais, comerciais ou de serviço, se instalaram no Nordeste.” Como exemplo, ele cita que o maior exportador de café do mundo é a Alemanha, seguido da Itália e da Holanda. MIRELA TAVARES Editora da Revista Propaganda ES PM
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