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João Doria Jr. 13 SETEMBRO / OUTUBRO DE 2008 – R E V I S T A D A E S P M ou adereços etc., e vivem bem. Eu chamaria de forma de vida . O estilo de vida já é um outro estágio, onde a pessoa gosta de conviver com marcas, de usufruir um pouco do resultado daquilo que ele acumulou e que possa lhe dar um nível de conforto diferenciado e, ao mesmo tempo, um reconhecimento da so- ciedade em torno. Moda, eu diria, é o ultimo estágio, aquele estágio onde se faz questão de estar sendo reconhecido como alguém que está na vanguarda, conseqüentemente está em moda. LUIZ GARCIA – Quer dizer, moda é tanto inclusão quanto diferenciação, dependendo do estágio ou do pro- cesso que você coloca. JOÃO DORIA – Isso tudo começa lá atrás com a sua forma de vida. É perfeitamente possível você viver bem e feliz mesmo com pouco e sem nenhum envolvimento com a moda ou com o próprio estilo de vida. LUIZ GARCIA – Nas propostas em- preendedoras que você tem – de mí- dia, serviços ou de comércio – você entende que trabalha mais com o processo de ajudar as pessoas a esta inclusão ou você, de alguma forma, já pega um pouco mais à frente e trabalha na diferenciação, ou isso ocorre simultaneamente? JOÃO DORIA – Ocorre simulta- neamente. Não há uma diferen- ciação tão pré-estabelecida; há uma dinâmica natural das coisas que deve ser obedecida e respeitada. LUIZ GARCIA – E como é que você administra isso pelo conceito origi- nal de qualquer empreendedor (que é obviamente a taxa de risco), qual é a sua sensibilidade? JOÃO DORIA – O risco existe em qualquer iniciativa, só não corre risco quem não faz. Quem não faz não se envolve em risco, mas também não é uma referência de absolutamente nada. O mundo se transforma pelas pessoas que correm riscos, são essas é que fazem diferença no planeta: as pessoas corajosas, audaciosas, habilidosas, perseverantes, obs- tinadas, essas é que fazem as grandes transformações na hu- manidade. Essas têm um nível de respeito que passa pelo tempo e pelo espaço. LUIZ GARCIA – Você, particular- mente, por ter essa projeção Brasil e mundo, consegue responder, acredito que de uma forma mais ampla, de uma, às vezes, aparente redução da mídia. Existe uma “Moda Brasil” maior que possa ser uma marca mesmo, um produto, um estilo de vida, que se proponha para o mundo? “SÓ NÃO CORRE RISCO QUEM NÃO FAZ.”
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