Revista da ESPM - SETEMBRO_OUTUBRO-2010

setembro / outubro de 2010 – R E V I S T A D A E S P M 91 AEscolade JornalismodaUAM– ElPaís, foi criada numaparceriaentreaEscolaAutônomadeMadrid (UAM) eomaior grupomidiáticoespanhol, Prisa, que possui omaior jornal espanhol, El País . Oob- jetivo da escola é proporcionar ao futuro jornalista uma imersão total na profissão em tempo real: quer seja numa redaçãode jornal, revista, rádioou online. Todos os professores são atuais jornalistas ou editores em uma das mídias do grupo. Ametodologiada escola é inovadora: os 40 alunos selecionados para o mestrado de um ano traba- lham em pequenas “redações” de 10 pessoas. No primeiro semestre, os alunos aprendem como cobrir diversos assuntos, desde cultura a esportes e assuntos internacionais. No segundo semestre, devem trabalhar autonomamente – revezando-se nas funções de redatores e editores – para produ- zir uma publicação no estilo do El País que irá ser analisada e criticada pelos professores. Alémdo tempoemaula, os alunosdevemestagiar por doismeses duranteoverãoemumadas publi- cações do grupo Prisa, como no próprio jornal El País. Ao terminar o mestrado, muitos alunos são convidados a trabalhar como trainees por um ano e, ao final, são contratados. Escola Alemã de Jornalismo em Munique, Alemanha (Deutsche Jornalistenschule) Não basta saber escrever para entrar numa das escolas de jornalismo mais tradicionais da Ale- manha. O vestibular da Escola Alemã de Jorna- lismo em Munique exige que o aluno saiba, por exemplo, quantos ossos tem o corpo humano ou a distância de um ano-luz. Isso porque acredita- se que, para ser um bom jornalista, é preciso ter umabasede conhecimentos gerais, comopolítica, história e geografia – sem falar de um impecável domínio da língua alemã. Dos 45 alunos selecionados cada anopara estudar na prestigiada escola da terceiramaior cidade ale- mã, um terço segue o programa de ensino de 16 meses,enquanto30alunoscompletamoprograma integral de 18 meses. Nesse tempo, aprendem as técnicas de imprensa escrita, rádio e televisão. Em seguida, fazem dois estágios de três meses, um delesobrigatoriamenteemumjornal.Há também aulas de teoria da comunicação. Boa parte dos alunos conseguem estágios em grandes publicações europeias, como a revista GEO , o jornal eletrônico Spiegel e o canal de tele- visão franco-alemão ARTE . A escola foi fundada em 1949 por Werner Fried- man, que se inspirou no curso de jornalismo da escola americana Columbia University. Por aqui, já passaram profissionais renomados, como Ste- phan Russ-Mohl, atual diretor do Observatório Europeu de Jornalismo. Universidade de Shef f ield, Inglaterra (Sheffield University) Pode ser difícil agradar a todos, mas 95% já é um ótimo começo. Há dois anos, é este o índice de satisfação entre os alunos da faculdade de jor- nalismo da Universidade de Sheffield, de acordo coma PesquisaNacional de Estudantes (National Students Survey 2010), realizadapelaHEFCE (the Higher EducationFundingCouncil for England) e publicada no site Unistats. O foco da escola é criar jornalistasmulti- mídia, ou seja, que saibam trabalhar em todo tipo de publicação impressa, rádio e sitesdeinformação.Ocursodegraduação que dura três anos pode ser combinado com o estudo de uma cultura e língua estrangeira:francês,alemão,espanholou russo.Aescolaoferece cursosdemestra- do que duramumano e abordam, entre outros, Comunicação e Política Interna- cional e JornalismoGlobal. Os temas de pesquisas são os mais va- riados: Marketing político no contexto dosistemapolíticoemGhana;Cobertu- ramidiáticadacorrupção;Convergência midiática na programação televisiva koreana, entre outros.

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