Revista da ESPM_JAN-FEV-2012

R e v i s t a d a E S P M – j a n e i r o / f e v e r e i r o d e 2 0 1 2 104 REVERENDO ALDO – Mas tem igreja que não aceita. A ética e a ciência mostram e a igreja fica parada de forma paquidérmica, o que faz com que a população sofra e tenha pro- blemas. Isso vale para todos. Vale para os romanos quando chegam na África e dizem que o uso do preservativo é crime. Crime é dizer isso e essa é a posição oficial de uma igreja. A igreja também tem seu marketing negativo e prejudi- cial à sociedade. ISMAEL – Aí não é marketing. O conceito de marketing que usamos na ESPM e ensinamos aos nossos alunos é outro, não vai nessa direção. MÁRIO – O Rabino citou que as sinagogas se atualizaram depois que saíram do gueto. É por causa da demanda das pessoas, como ocorreu no Brasil com os carros importados, que o Collor dizia que eram carroças quando co- meçaram a vir os novos veículos. Fico feliz porque na ESPM temos cinco cursos superiores que podem atender às demandas de igreja: Admi n ist ração; Comun icação; Design; Relações Internacionais; e até o próprio curso de Jornalismo. Então, teríamos como oferecer algo profissional, mas não é o objetivo desse debate. GRACIOSO – No caso do jornalismo, é importante destacar que dentro de cada jornal tem duas institui- ções: a Igreja e o Estado. MÁRIO – Vou fazer uma última me- táfora. Estamos falando da igreja como serviço, e falou-se aqui da or igem de beleza – cosmét ico vem de cosmos, que é o belo. A mulher procura o cosmético por duas razões: beleza ou saúde. Isso estaria ligado ao que as institui- ções religiosas podem oferecer: a venda conjunta de saúde e beleza? Talvez haja uma maneira de os cultos e crenças adequarem-se ao que o público quer, sem mudar o produto que é algo bom para a saúde e para a beleza. PASTOR RINA – Isso é feito o tem- po inteiro. A própria Bíblia tem respostas para todo tipo de pú- blico. Ela fala aos empresários, às crianças, aos adolescentes, noivos, casados. A forma como isso vai al- cançar determinado público precisa ser trabalhada. O pastor Ed René Kivitz chega ao seu povo com tra- balhos e reuniões de empresários, que não vou chegar nunca. Alcanço um determinado público com o nosso produto, a Bíblia Sagrada, usando outra linguagem, sem cor- romper ou mudar essa essência. Os princípios e ensinamentos são os mesmos e chegam a públicos variados, suprindo diferentes ne- cessidades, o tempo inteiro. JORGE – As rel ig iões também distinguem e aí vem a questão do produto bom ou ruim. Deus não é um produto bom sempre e as pessoas começam a perceber que aquele não é um Deus verdadeiro, é um ídolo. O que distingue Deus verdadeiro de um ídolo? Às vezes, a aparência é igual, mas o espetáculo do ídolo é até mais bonito. PASTOR ED RENÉ – Não quero dis- cutir se Deus é verdadeiro ou falso, porque não é um debate sobre religião, é sobre marketing. E o maior case de marketing religioso do Brasil chama-se Universal do Reino de Deus, que tem uma es- } Es t amos na Esco l a Supe r i o r de Propaganda e Market i ng e o objet i vo é saber como essas re l i­ g i ões se vendem. ~

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