Revista da ESPM_JAN-FEV-2012
SUMÁRIO executivo R e v i s t a d a E S P M – j a n e i r o / f e v e r e i r o d e 2 0 1 2 126 Marketing e religião: a convergência e a res- ponsabilidade de ambos SIMONE RAMOUNOULOU PÁG. 18 Podemos afirmar que o ser humano é essencialmente divino e que a neces- sidade de contato comsua essência, ou alma, é inerente à sua condição huma- na. As religiões emseu papel principal deveriam ter como único propósito auxiliar e apoiar o ser humano na sua busca e contato com o divino. Os grandes seres que surgiramtrouxeram seus ensinamentos para que os seres humanos descobrissem o ser divino em si. Buda, Cristo, Krishna e tantos outros, não criaram nem trouxeram o “igrejismo”. Trouxeramos ensinamen- tos essenciaisqueauxiliariamocontato do ser humano com a sua “essência primeva”, que é o amor, a fraternidade eo correto relacionamentoentre todos, incluindo aqui o respeito por todas as espécies de vida. Pare de sofrer! VALÉRIA RAVIER PÁG. 24 O artigo analisa o posicionamento da Igreja Universal do Reino de Deus, nos Estados Unidos, afirmando que ela di- rigeassuasações,preponderantemente, para um nicho de mercado bastante específico. Tomando como ponto de partida o slogan “Pare de sofrer” e sua íntima relação com a teologia da pros- peridade, a autora relaciona o princípio fundamental dessa doutrina com as expectativasdos imigranteshispânicos, cuja procura por uma vida de plenitude vai ao encontro da possibilidade tangí- vel de consumo irrestrito da felicidade, nas suas mais diversas variáveis, que são oferecidas pela Igreja. Do valor simbólico de implantar um templo na cidade deNova York, ponto geográfico privilegiado para a evangelização glo- bal, por concentrar imigrantes de todas as nações, à distribuição de espaços de culto em pontos estrategicamente situados, a autoramostraque existeum cuidadoso planejamento. A fé sob medida MARIANA BUSSAB PÁG. 30 Publicações e estudos vêmmostrando que existe uma busca na compreensão da transformação da espiritualidade em produto de consumo. Estes artigos chamam a atenção para a crescente mercantilização religiosa. Isso acaba por justificar a utilização por parte das Igrejas do chamado “marketing religioso” e a consequente utilização de estratégias, técnicas e práticas, já empregadas em outros mercados. O objetivomaior é a captação e a retenção dos fiéis, fator esse que se tornou ainda mais desafiador diante da proliferação de igrejas, seitas eoutras formas de reli- giosidade que está ocorrendo. Oartigo focana segmentaçãodemercado como principal estratégia implementadapara alcançar esse objetivo. Existem hoje inúmeros casos de diferentes igrejas para os diferentes grupos de fiéis. Jesus “marqueteiro” ED RENÉ KIVITZ PÁG. 48 Chamar Jesus de “marqueteiro” soa quase blasfêmia. O adjetivo é pejorati- vo.Mas pode ser redimido.Na verdade, olhar para Jesus e avaliar seus passos a partir das teorias contemporâneas de marketing e de comunicação implica, necessariamente, chegar a umparado- xo. Por um lado, fez marketing de po- sicionamento e de relacionamento, foi excepcional na comunicação, criativo criador de ícones para sua mensagem: pão, vinho, cruz, além de ser ele mes- mo um logo humano. Mas, também, foi discreto, agindo naturalmente e absolutamente despreocupado em gerar resultados. Jesus foi ele mesmo. Autêntico em todos os atos e palavras. Muito provavelmente, foi por isso que chegou aonde chegou. Deus faltou à chamada JORGE LORENZO VALENZUELA MONTECINOS PÁG. 54 Desde os primórdios da história, o homem tem olhado para o céu na procura de respostas. O homem tem se debatido entre o divino e o profano, muitas vezes sentindo-se órfão, até os dias dehoje. Não é de se estranhar que, nos dias que correm, tanto se fale do fim dos tempos, do fim das ideologias e do fim de tudo . O mundo empresa- rial preocupa-se com a espiritualidade procurada por seus funcionários, como um espelho da sociedade atual. Igreja Universal do Reino de Deus: um fenômeno reli- gioso ou mercadológico? PATRICIA BUKSZTEJN MENDA E BRUNA SLAVIERO PÁG. 60 Este artigo trata da relação do marke- ting religioso e a Igreja Universal do Reino de Deus, a fim de identificar o nível de ligação entre as ferramentas de marketing e a adesão de fiéis a essa Igreja. O tema foi escolhido conside- rando a grande mobilidade religiosa ocorrida nos últimos anos, a qual sinaliza uma mudança na forma de o indivíduo se relacionar comaquelas es- feras que antes pareciam tão afastadas da lógicademercado.Asociedadeatual tem como traços marcantes variadas dialéticasque contrapõememummes-
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