Revista da ESPM_JAN-FEV-2012

j a n e i r o / f e v e r e i r o d e 2 0 1 2 – R e v i s t a d a E S P M 31 P or M ariana B ussab A re l igi ão sendo v i sta de uma forma ma i s mercant i l , natura l é que se j am ut i l i zadas por par te dos seus } gestores ~ técn icas e prát icas para uma me l hor ef ici ênci a na t roca com seus consumi dores . A fé sob medida e a palavra marketing sozinha já é capazdedespertar uma sériede asso- ciações negativas, como engodo, pro- paganda enganosa emanipulação, quando junto com a palavra religioso , essas percepções acabam sendo reforçadas. É como se o profano estivesse sendo colocado lado a lado com o sagrado. Omarketing religiosopode ser justificadoapartir das publicações que vêm chamando a atenção para a crescente mercantilização religiosa . São tra- balhos que estão sendo publicados como intuito de compreender, emespecial, a transformaçãoda espiritualidade em produto de consumo. Como se de um lado da troca se buscassem “empregos, equilíbrio financeiro, harmonia familiar, felici- dade conjugal, fartura, soluções de problemas de saúde e alívio de sofrimentos humanos em geral” (Storni & Estima, 2010), e, por outro lado, se entregasse conforto espiritual e benções divi- nas. Muitas vezes essa transação é consolidada até mesmo com o uso de moeda, por meio de doações, esmolas, contribuições e, de formamais evidente, da cobrança dos dízimos. Alguns estudos mostram a forte relação exis- tente entre o fenômeno do consumo do mundo moderno e a ética religiosa, principalmente nos

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