Revista da ESPM JAN-FEV_2007
Case-study 50 R E V I S T A D A E S P M – JANEIRO / FEVEREIRO DE 2007 farmacológicos pré-clínicos e desen- volvimento de novos medicamentos. Trabalhou em grandes empresas na- cionais e internacionais e teve uma trajetória profissional de sucesso. Sua vasta experiência emoutras empre- sas e consultorias, aliada à sua grande habilidade de ter uma visão global da empresa, fez com que, aos poucos, Paris começasse a ser procurado por Renato Spallicci e outros Diretores para dar apoio em outras áreas. Em novembro de 2006, Paris assumiu o cargo de Superintendente da APSEN. De lá para cá, temprocurado conhecer mais profundamente todas as áreas da empresa, suas estruturas e as equipes. Atualmente, em conjunto com a Presidência, as demais diretorias e as gerências está trabalhando no Plane- jamento Estratégico para os próximos cinco anos, que tem como objetivo, não só o crescimento do faturamento, mas também o amadurecimento e o fortalecimento da empresa e dos co- laboradores. UMA EMPRESA EM DESENVOLVIMENTO Floriano Serra conta que quando che- gou à APSEN, o RH se resumia a uma gerência vinculada à área administra- tivo-financeira que atuava com maior foco nas atividades administrativas. Pouco havia de práticas e Gestão de Pessoas voltadas para o desenvolvi- mento dos profissionais, a integração da equipe e a qualidade de vida de seus colaboradores. O RH executava basicamente as tarefas operacionais. Segundo Carlos Paris, quando che- gou à APSEN a empresa estava em franco desenvolvimento, com boas perspectivas, porém, por outro lado, o clima organizacional dentro da sua área era muito difícil. O clima era de cisão. Havia muitas “panelas” dentro da própria equipe, problemas de relacionamento entre as pessoas do departamento que mal conversavam e problemas de interação da área com as demais. “O pessoal estava desmotivado. Mui- tos deles não tinham direcionamento correto do que fazer, não sabiam claramente até onde iamsuas responsa- bilidades (...).AGestão erameio caseira demais, um pouco sem controle, um pouco sem rumo”, conta Paris. Nos primeiros meses, tanto Serra como Paris se dedicaram a conhecer melhor as pessoas, redefinir as atribuições de seus respectivos departamentos, redistribuir as tarefas e reorganizar as atividades. Aos poucos, o trabalho sintonizado de todas as Diretorias começou a dar re- sultados e o ambiente interno começou a ficarmais tranqüilo, o relacionamento entre as pessoas começou amelhorar, o restante da empresa começou a perce- ber amudança e a sentir que estas áreas podiamefetivamente dar o retorno que a empresa precisava. À medida que os resultados foram ficando evidentes, as demais áreas começaram a se aproxi- mar, também buscando um trabalho mais sintonizado. Durante todoesteperíododemudanças e, mesmo num período posterior, a empresa não demitiu. A equipe ini- cial permaneceu completamente na empresa e, com o tempo, foi sendo ampliada conforme a necessidade que o crescimento foi trazendo. Com tal crescimentodaAPSEN, vieramtambém das razões do sucesso dele e daAPSEN é desmistificar isso. Nenhum de nós sozinho consegue ser melhor do que todos nós juntos. O pessoal pergunta, qual é a estratégia?Não é estratégia. É o jeito de ser. A gente acredita que tenha de ser assim”. Opróprio crescimentodaAPSEN, bem como o desejo de seu Presidente de implementar na empresa um modelo inovador deGestãode Pessoas, o levou à busca de um profissional diferen- ciado com a visão de um modelo de Gestão de Pessoas, humano, focado na qualidade de vida e no desenvolvi- mento das pessoas. Em junho de 2003, após ouvir uma palestra proferida por Floriano Serra, Spallicci resolveu con- tratá-lo com a missão de criar um RH que concretizasse as idéias que tinha a respeito da Gestão de Pessoas. Serra, 64anos, épsicólogoe estáhá três anos na empresa como Diretor de RH e Qualidade de Vida. Ele possui uma experiência de quase 40 anos na área. Trabalhou na área de RH de empresas nos ramos bancário, automotivo, têxtil e eletroeletrônico. Nos últimos anos atuou como consultor de empresas na área de desenvolvimento pessoal e or- ganizacional e proferiu várias palestras. É autor de vários livros, dentre eles “Diga Olá ao seu Anjo” (Ed. Gente), sobre espiritualidade no trabalho e na vida pessoal. Posteriormente, emdezembrode2003, para completar o quadro de novos profissionais, Spallicci contratouCarlos Paris, para assumir a Diretoria Médica e de Pesquisa e Desenvolvimento. Paulista, com41 anos, Paris iniciou sua vida profissional ainda na faculdade, na área de pesquisa clínica, mais especificamente na área de estudos 5
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