Revista da ESPM JAN-FEV_2007

34 R E V I S T A D A E S P M – JANEIRO / FEVEREIRO DE 2007 de seu trabalho, de sua colaboração, de sua criatividade. Sentem que são co-autoras. Assim elas elegem a sua empresa como uma das melhores empresas para se trabalhar. Asmesmaspessoas sentemnecessidade de saber que a empresa com que estão envolvidasatéamedulaestápreocupada com a sociedade e com o meio-ambi- ente. No momento em que essa preo- cupaçãose tornaumapráticadentrodas empresas, ao envolver os funcionários e fazer com que entrem com sua parte nas ações de responsabilidade social e ecológica,funcionacomosocializadora, ampliadoradavivênciadessaespirituali- dade simples e sutil, entranhada com a Terra e seus habitantes. Responsabilidade com o desenvolvi- mento social e coma saúde do planeta não é cumprir meia dúzia de propósi- tos que coloquem a empresa no time dos “cumpridores politicamente cor- retos”, e ao mesmo tempo continuar a ser dura e cartesiana em sua prática diária de negócios. Ser responsável é também uma prática espiritual, é CELSO NUCCI É jornalista, assessor da presidência da Radiobrás. - colocar o ser humano que está fora da empresa também em primeiro lugar, é rever práticas internas que modi- fiquem pontos fracos no tangencia- mento da empresa com a sociedade. É realizar e expandir a consciência de que uma empresa faz parte do grande organismo formado pela Terra, pela sociedade e pelos seres humanos que estão dentro e fora de suas paredes, como funcionários e consumidores. É recusar o desenvolvimento a qualquer custo que destrói, aos poucos, a socie- dade e o planeta. Se uma empresa vive essa espiri- tualidade simples e fundamental, as questões morais e éticas internas da empresa e as referentes às suas relações com a sociedade tornam- se muito mais claras para todos. Os parâmetros morais e éticos adotados pela empresa passam a ser valores compartilhados, todos se sentem tam- bémautores dos documentos escritos, dos códigos de ética e de comporta- mento e se envolvem, ativamente, em sua aplicação. Quando o espírito da empresa aflora, ela passa a ter um ambiente de tra- balho amigo e acolhedor, a ser uma comunidade que sabe respeitar as diferenças, a viver e promover uma vida mais simples. Ela passa a não ter mais lugar para pessoas que se dão demasiada importância e que supõem ser muito melhores do que as outras, e passa a viver muito mais a solidariedade e a fraternidade. É quando uma empresa está cheia de espiritualidade. Responsabilidade com o desenvolvimento social e com a saúde do planeta não é cumprir meia dúzia de propósitos que coloquem a empresa no time dos “cumpridores politicamente corretos”. F ES PM ser geradas a partir daí. Os programas de treinamento e desenvolvimento passam a ser discutidos com todos os funcionários; cada um desenvolve a capacidadede auto-análise e identifica seus pontos fracos e suas necessidades de desenvolvimento. O crescimento de cada um amplia a consciência individual e a coletiva. Um processo como esse provoca reações em cadeia, que levam as pessoas a um envolvimento forte e natural com a empresa: é quando elas se sentem felizes, crescendo e se desenvolvendo demodo integral, sem a velha esquizofrenia entre vida pes- soal e vida profissional. Desse modo se constrói o orgulho das pessoas pelo que fazem e pela empresa na qual trabalham. É quando as pessoas sen- tem que a empresa é realmente fruto

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