RJESPM 10

6 julho | agosto | setembro 2014 revista de jornalismo ESPM | cJR 7 Charge de Angeli reforça a tese da inconstância, pelo menos quando se trata de Maluf. Depois do clique em que sela o apoio a Padilha, desaparece da cena e bandeia-se para a candidatura de Skaf, que, ao agradecer o apoio, chamou o Partido Progressista de Partido Popular cartas Dei minha palavra.” A frase reproduzida pelo vice- -presidente da República, Michel Temer, em uma entrevista publicada no Estado de S. Paulo em 3 de julho, saiu dos lábios do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP). Nenhuma novidade até aqui. O espantoso não é o político continuar a dar sua palavra depois de mais de quatro décadas. O espantoso é acreditar nela. Desta vez, quem acreditou foi o PT. Em 30 de maio, o Partido Progressista (PP) oficiali- zou o apoio à candidatura do petista Alexandre Padilha ao governo de São Paulo. O enlace eleitoral aconteceu na Assembleia Legislativa e teve direito a foto. É verdade que foi tudo bem mais discreto do que em 2012, quando a aliança de Maluf com Fer- nandoHaddad na disputa da prefeitura rendeu fotos históricas no jardimda mansão do deputado. ComPadilha, Maluf foi menos carinhoso. Limitou-se a apertar a mão do can- didato, que o olhava desconfiado. Mesmo assim, mais contida, a foto de Maluf com Padilha roubou a cena. Até que Maluf cuidou de roubar da cena a imagem que ele mesmo havia produzido. Em 30 de junho, ummês depois de dar sua palavra (e sua imagem) a Padilha, o PP anunciou que estava abandonando a candidatura petista para apoiar Paulo Skaf na corrida ao Palá- cio dos Bandeirantes. A foto não valia mais nada. Entre um dia 30 (o da fotografia) e o outro (o da morte da fotografia), o Datafolha divulgou uma pesquisa que mostrava Padilha com apenas 3% das intenções de voto, enquanto Skaf registrava 21%. A exe- cutiva estadual do PP ponderou que uma aliança com Skaf poderia ajudar o partido a eleger uma bancada maior na Câmara. Adeus, Padilha! Maluf voltou atrás em sua palavra, masminimizou o fato político lis- tando as personalidades com as quais já fora clicado: Elizabeth II, Bill Clinton, George H.W. Bush, Pelé... Há uma pessoa comquemMaluf não posou: Paulo Skaf. Eparece que nem vai posar. Compreensível. Uma foto com Maluf vale menos do que mil palavras, embora uma palavra não valha uma foto, se é que dá para ser mesmo compreensível. ■ roubou a cena Joel Silva/Folhapress Angeli/folhapress estudo de fôlego Estou lendo o relatório “Ummodelo de negócio para o jornalismo digital” do Caio Túlio Costa, publicado na edi- ção nº 9 da Revista de Jornalismo ESPM . O texto é extremamente eluci- dativo e o conteúdo da revista como um todo está fantástico. Parabéns! Flávio Cordeiro , sócio da agência Binder erramos Duas maravilhosas atitudes da Revista de Jornalismo ESPM , na edição nº 9: reconhecer um erro e transformá-lo em ampla matéria sobre o assunto. E ainda trazendo o testemunho do Janis- traquis! No lugar de um simples “erra- mos”, optar por matéria de capa. Per- feito. Cumprimentos pelo alto nível de profissionalismo. Izolda Cremonine , gerente de comunicação interna da ESPM por falar em erros Marcelo Tas costuma dizer quando apresenta o Top Five – CQC que “a TV ao vivo é a morada do Diabo”. Se é assim, Lúcifer tem duas casas, pois a palavra impressa causa mais estragos que uma imagem na tela. E quando é publicação para jornalistas, nem se fale, escorregões chamam a atenção ainda mais (ô, raça, a gente adora criticar, mas não gosta de se tornar alvo...). Na edição nº 9 da Revista de Jorna- lismo ESPM tem uns “errins”: pág. 30 – no lide, Como soe acontecer... Ueba! É sói... mais abaixo: (...) O real conflito é entre a imprensa confiável e a outra, onde a mentira... Uai, nenhum dos dois tipos de imprensa é lugar pra caber onde, é “em que”, “na qual”, né? (...) Contudo, aindamais importante é o limite ao que se pode fazer. Não é do que?  E aqui vão dois erros do tipo “cuma???”, em nome de gente que não sai do noti- ciário há anos. Na pág. 10, Luís (Luiz) Inácio Lula da Silva e Aloízio (Aloizio) Mercadante. Onde é mesmo a morada do Coisa à Toa? Cacalo Kfouri , jornalista resposta da redação Ah! Mas o Capeta não dá sossego de jeito nenhum a quem trabalha no dia a dia com a palavra escrita ou falada – ainda mais a incautos da nossa profissão. E dizem que a morada do Coisa Ruim é incerta, pois é conhecido como criatura volúvel, mas ele costuma pregar peças na nossa humilde redação. aviso Li e recomendei a meus amigos. A revista está um sucesso. Edjalma dos Santos Borges , comunicador social Conheça as descobertas e o pensamento do ESPM Media Lab. O ESPM Media Lab é um laboratório de pesquisa e inovação em M.E.D.I.A. (Mídias, Entretenimento, Design e Intervenções Artísticas). Um espaço que investiga transformações no consumo e na comunicação a partir da emergência da cultura pan-midiática. Nossas pesquisas, cursos e estudos são realizados em áreas como mídias e redes sociais, novos meios e novas linguagens, comunicação multissensorial, entre outras. SAIBA MAIS SOBRE O ESPM MEDIA LAB www.espm.br/medialab C M Y CM MY CY CMY K Media Lab - Anúncio - Revista de Jornalismo ESPM.pdf 1 31/03/14 16:46

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