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revista de jornalismo esPm | cjr 29 rapidamente. Mas o verniz da iden- tificação, que atraiu seus fãs em pri- meiro lugar, pode evaporar no instante emque Andrew se unir à máquina da mídia de massas. No fundo, Andrew não é como nós. Mas, ao ouvir sua voz desencarnada na internet, é quase impossível notar. Em julho, vi (no Facebook, é claro) Andrew comemorar o aniversário de 25 anos com uma visita a Las Vegas e um passeio de helicóptero com ami- gos chegados pelo Grand Canyon. Tinha praticamente desistido de ten- tar contato com ela quando, semanas depois disso, surge naminha caixa de correio uma resposta aos e-mails que mandei durante um ano: “Obrigada, mas [ a resposta é ] não. Não gosto de publicidade e tento dar apenas uma ou duas entrevistas por ano”, escre- veu, indicando a curta entrevista no número de julho da Wired e fechando comumemoticon sorridente. Depois de alguma insistência, e de confessar que redigiria o perfil com ou sem sua ajuda, ela aceitou responder a algu- mas perguntas por e-mail. Lembrei do tweet que um de seus seguidores tinha postado, e que Andrew retui- tara durante a comoção que se insta- lou quando sua identidade foi reve- lada. Diziamais oumenos o seguinte: “Ninguém suporta a ideia de que o IFLS seja feito por uma pessoa. Você é uma ideia, como o Batman. Ou a Batgirl”. Até hoje estou esperando a resposta dela. ■ ARQUIVO CJR/AGATA NOWICKA alexis sobel fitts é repórter sênior da CJR . Seu Twitter é @fittsofalexis Texto originalmente publicado na edição de setembro/outubro de 2014 da CJR.
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