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44 outubro | novembro | dezembro 2014 Ronald L. Haeberle, fotógrafo do Exército, que carregava a própria câmera, alémda utilizada no trabalho, comfilme empreto e branco. As imagens coloridas escaparamà cen- sura e foram amplamente divulgadas. Em 2003, o francês Jean-Marc Bouju, da Associated Press (AP), ganhou o mais cobiçado prêmio do fotojor- nalismo – o de melhor foto do ano –, dado pela World Press Photo (WPP), uma organização sem fins lucrati- vos, que já conta com 50 anos de atividade. A imagem é de um prisioneiro iraquiano em uma base americana no Iraque sendo confortado por seu filho. A comovente imagem do francês também criou um paradigma, no qual a estetização parece ser maior que a informação. Em2011, o húngaroBalazs Gardi criou oBase- track, uma ação de fotojornalistas “embutidos” no batalhão de mariners americanos no Afeganistão, enviando ima- gens paramídias sociais diariamente. O visual produzido por meio de um aplicativo chamado Hipstamatic, para o iPhone, tambémmarcou definitivamente a maneira pela qual a fotografia de guerra seria conhecida. Gardi vempromovendo outrasmudanças significativas, como a crescente independência do fotojornalista das cha- madasmídias tradicionais. Emamplo sentido, não hámais necessidade de trabalhar para uma publicação, e o autor podedistribuir seu trabalhono formatoCreativeCommons, desenvolvendo seus próprios projetos, veiculando-os em blogs e sites, e vendendo sua produção para quem quiser. A terceirização do fotojornalista é fato internacional, mas pode ser comprovada por três grandes fotógrafos bra- sileiros, o paulistaMauricio Lima, a gaúcha AliceMartins e a carioca Ana Carolina Fernandes, todos comampla par- ticipação internacional, com imagens de conflitos dentro Ana Carolina Fernandes
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