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REVISTA DE JORNALISMO ESPM | CJR 43 ensaios fotográficos e textos e ilustrações que não apareciam em outras revistas. A revista durou pouco, mas estabeleceu um padrão de design maravilhoso. Os russos que foram para os Estados Uni- dos tinham conhecimento sobre artes plásti- cas, que estudaramemParis. OLiberman tem quadro noMoMa. Ele se interessou na vida em fazer pintura e escultura. Esses caras tinham um background de formação artística que era difícil de achar. Na Europa há dois caras que considero fun- damentais na história das revistas. Um é um alemão chamadoWilly Fleckhaus. Ele fez uma revista chamada Twen (p. 48) , que durou alguns anos e foi umchoque. A revista era preta. Toda preta, imagine. Tinha muita página preta. É uma coisa que eu mesmo não concordaria em fazer. Mas ele fazia coisas que viraram sinônimo de beleza. Tinha um sentido grá- fico diferente, e acertou. Hoje, percebo que ele tinha um ponto: se você põe uma página colorida do lado de uma preta de texto, a cor sobe. Daí ele jogava com cores, e muito bem, jogava muito com tipos, muito bem também. Outro europeu que achomuito interessante é o Peter Knapp, que fez a Elle moderna, por Impacto versus desperdício A abertura em página dupla da edi- ção de novembro de 2014 revela a mesma preocupação com o impacto da foto em close, de Xi Jinping, do tí- tulo forte em vermelho e apenas um textinho abrindo amatéria. Oque po- deria ser qualificado de “desperdício de espaço” numa revista semanal de notícias foi transformado pela Time emvantagem. Apublicação criou um elemento forte, capaz de segurar o lei- tor e o predispor a ler a matéria.
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