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66 OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO 2015 por chava gourarie Quer lançar um podcast? Soluções voltadas a um meio que ainda não tem fórmulas padronizadas para anunciar, medir público ou ganhar dinheiro para organizações de comunicação, lançar umpodcast que emplaque nor- malmenteexigemaisdoqueumadupla de apresentadores espirituosos, um microfone e um feed no iTunes. Salvo se o meio já tiver know-how e recur- sos, criar umbom jornalismo de áudio pode ser complicado. O podcast ainda é um meio que engatinha, sem fórmulas padroniza- das para anunciar, medir público ou ganhar dinheiro. Métodos de produ- ção, promoção, distribuição e hospe- dagem vivem em fluxo. “A meta não é atrair ouvintes de podcast que já existem”, diz Nick Quah, que cuida do desenvolvimento de público na Panoply, rede de pod- casts da Slate, e escreve a Hot Pod , umboletimde notícias semanal sobre podcasts. “É colocar mais gente para ouvir podcasts”. Para organizações jornalísticas interessadas em pegar o bonde, vão algumas opções: Entrar para uma rede de podcasts Uma rede de podcasts como a Radio- topia (da PRX) ou a Panoply (Slate) Texto originalmente publicado na edição de setembro/outubro de 2015 da CJR. é uma central que cuida do lado comercial da operação para que o veículo de comunicação possa se concentrar no conteúdo e na produção. É uma espécie de Netflix, mas para áudio. Lado bom? Promoção cruzada, poder coletivo de negociação, visibilidade, credibilidade. Lado ruim? É preciso ser bom o bastante para ser aceito. Exemplo: Unorthodox (da Tablet) “ [A rede] definitivamente ajuda um programa a ser descoberto e não ficar perdido no verdadeiro caldeirão que é o iTunes.” – Nick Quah, desenvolvi- mento de público na Panoply Fazer uma parceria com uma rádio pública Entrar para uma rede de podcasts é a decisão certa se seu áudio for muito bom e você quiser chegar a um público maior. Já se produção de áudio não é seu forte, é possível se aliar a uma emissora pública de rádio. Ou, se não for possí- vel, contratar alguém de uma rádio dessas. Lado bom? É eficiente. A rádio entende de áudio. Você entende sua ideia e seu material. Lado ruim? Trata-se de uma relação – o que pode ser complicado. Exemplo: Reveal (do Center for Investigative Reporting e PRX) “Uma das grandes vantagens da parceria com a Marketplace é o conheci- mento que [eles] têm em termos de narrativa no áudio, engenharia de som e produção.” – Tim Fernholz, repórter do Quartz e apresentador do Actuality Agir por conta própria Se sua organização quer ir provando a coisa, sempre há a possibilidade de fazer tudo sozinha. Às vezes, um bom podcast não exige mais do que dois apresen- tadores com boa química ou alguém munido de um computador. Uma ideia seria criar seu próprio Serial (tínhamos de mencionar esse podcast). Ou pro- var algo totalmente inusitado.

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