RJESPM 15
REVISTA DE JORNALISMO ESPM | CJR 69 profunda, para os profissionais dessa área – sem contar os aspectos rela- cionados à questão do direito auto- ral, que tem forçado os agentes e os estudiosos do assunto a repensarem suas referências e a se redescobrirem em novas especialidades. Nesse sentido, ao lado de outras inovações recentes, o podcasting desde o início alimentou inúmeras discussões no campo da sociologia da comunicação quanto ao seu impacto, seja sobre osmeios, seja sobre os indi- víduos ou grupos. Ele certamente contribui para o incremento da indi- vidualização (ou do individualismo, para uma visão mais crítica do fenô- meno), da pura subjetividade, em detrimento de uma distribuição de conteúdo potencialmente mais qua- lificada, filtrada por agentes legiti- mados nos moldes, digamos, tradi- cionais da comunicação. Potencial de crescimento Mas tais discussões, elas próprias, embora necessárias e bem-vindas, são ainda, em grande parte, especu- lativas. A verdade é que ainda parece cedo para chegar a formulações taxa- tivas a esse respeito. A sensação que se tem é de que, nesse terreno, ape- nas engatinhamos, embora já seja possível sentir, também, a dimensão gigantesca do universo que tudo isso prenuncia, pois o potencial de cresci- mento e de exploração desse formato, com efeito, aponta para o “infinito”. Trata-se, certamente, de uma bola MARCELO CIPIS
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