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revista de jornalismo ESPM | cJR 37 nhos. Uma relação sólida e constru- tiva como essa é incrivelmente for- tificante e reconfortante quando se está em meio a um elemento estra- nho, ainda que tal elemento esteja predisposto a ser generoso e cordial. Um alegre conviva Encontrei umaúnicamúmia entre toda a gente. Apertou minha mão sem cor- dialidade e inclinou-se comdemasiada condescendência. Comumavivacidade que exagerava consideravelmente a importância da observação, declarei: – É um belo dia, cavalheiro. Aoqueessemonumento, essecoveiro, esse cemitério galvanizado retrucou: – Cavalheiro, como estará o tempo, ou como não estará, a mim pouco me importa, quandomeupaís correperigo. – Ora, lamento ter dito algo tão impensado. Não quis ofender, não percebi o que estava dizendo. Todo cuidado é pouco com o que se diz quando o país corre perigo. Mas o tempo, veja bem... – Cavalheiro, que importância têm os caprichos do tempo, quando a revo- lução nos fita os olhos! Quando os trovões surdos da tragédia iminente ferem o ouvido! Quando presságios sombrios povoam nossa mente de dia e sangrentas carnificinas turvam nossa visão à noite! – Verdade. Não tinha encarado a coisa por essa luz. Passei por alto a carnificina, por assim dizer. Em cir- cunstâncias como essas, sei bem, e qualquer homem o sabe, soa quase a golpe falar do tempo... – Golpe! Ah, ah! O golpe se ali- Niday Picture Library/Latinstock A ilustração de 1868 representa sessão do processo de impeachment do presidente Johnson no Senado, que o absolveu por um voto
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