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revista de jornalismo ESPM | cJR 41 mecida. Alguém precisa acordá-la e dizer-lhe que Sumter está nas últimas. Chicago, 23 de fevereiro . Siga firme, sempre. Oglesby caiu no ridículo. Ele sabia, quando mandou aquela men- sagem, que era impossível honrar a promessa. Quando quiser homens ou dinheiro, mais demetade dos homens fisicamente capacitados do estado atenderão prontamente a seu cha- mado. Ótimo! St. Louis, 25 de fevereiro O povo aqui está convosco e prepa- rado, até quase o último homem, para apoiá-lo seja como for necessário para defender a Constituição e resistir à usurpação pelo Congresso. Ótimo, de novo! (...) Richmond, 25 de fevereiro . Estamos convosco, em coração e espírito! Há muitas ferrovias do Sul paraWashing- ton e, em sua previdente sagacidade, Sua Ex.a há muito as colocou, todas, emminhas mãos, e sobmeu supremo controle. Bendita seja a singular deci- são que deu aoNorte apenas uma rota ferroviária para Washington! Conte conosco. Homens, dinheiro e trans- porte estão a seu dispor. Beauregard. Agora, sim, a vitória. Alaska, 25 de fevereiro . Termômetros marcando 78 graus Fahrenheit abaixo de zero, mas o patriotismo democrata está a 160positivos. Estamos convosco! Gloriosocomícioontem.Despachamos atas completas. Urso devorou o men- sageiro. Atas também. Terminoumor- rendo, mas atas e mensageiro se mis- turaramde tal forma no estômago que teremos de enviar tudo emuma caixa. C. Green Iceberg. Filé de urso, mensageiro mastigado e resoluções democratas prometem um festim passável nesses tempos tão esfaimados. Atas emgeral contêm “provisões”,mas dessa vez as provisões contêm as atas. É um caso peculiar. St. Thomas, 25 de fevereiro . Hur- rah! hur– [Perdão por interrupção. Grande tempestade acaba de varrer essa parte da cidade.] Hurrah! hur– [Perdão novamente por interrupção. Tremor de terra.] Hurrah! hur– [Perdição! Vulcão despertou sob a casa.] rah! Às pressas. John Smi–. John Smith, suponho. Outra nova catástrofe deve ter se abatido sobre ele, e não foi possível terminar o pró- prio nome. Aquele lugar do mundo chegou ao fim, talvez. Não obstante, com a ajuda da providência ele pôde expressar seu hurrah, seja como for. É, basicamente, o que os outros con- seguiram até agora, embora tenham usado mais palavras para dizê-lo. (...) Nesse tal de correr aoCongressopara ver a briga do impeachment, aos hotéis para ouvir a opinião pública sobre a coisa e a uma recepção ou outra para tentar esquecer tudo e começar do zero de novo, e, emmeio a tudo, ten- tando brigar com uma dupla consti- pação (o que não é possível), demorei cerca de uma semana para redigir esta carta. Peço, por favor, que coloquem as datas onde bem lhe convier. Datas são o de menos, e quero ser generoso. Não sou nada mesquinho em se tra- tando de datas. Mas não foi quase profética aquela velha tumba lá do primeiro parágrafo? Ninguém suspeitava, no 20 o , o que o presidente iria fazer no dia seguinte. ■ mark twain (1835-1910), pseudônimo de Samuel Langhorne Clemens, foi um dos mais importantes escritores de língua inglesa do século 19. O autor de As Aventuras de Tom Sawyer driblava dificuldades financeiras escrevendo para jornais. Não há homem na face da Terra que poderia ocupar hoje o lugar do presidente e estar tranquilo e contente

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