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revista de jornalismo ESPM | cJR 67 Putin e seus apaniguados não deixa- rampormenos. ART, rede deTVesta- tal “jornalística” da Rússia alegou que era tudo uma manobra dos meios de comunicação ocidentais para atrapa- lhar as eleições russas, que acontece- riamembreve. Outras matérias ques- tionavama influência do governo e dos poderosos americanos sobre a divul- gação desses vazamentos. Forças ocultas A implicação óbvia: o ICIJ seria uma cortina de fumaça para forças ocultas ainda mais nefastas. Então quem são os doadores por trás do ICIJ, e como eles influenciam a operação editorial que apoiam? O ICIJ apresenta a lista de seus apoiadores em seu site. Alguns, como o Pulitzer Center on Crisis Repor- ting, se propõem a fortalecer o bom jornalismo. Muitos outros se alinham à esquerda. A Open Society Founda- tions, dedicada ao apoio financeiro de causas como liberdade de imprensa, saúde, educação e justiça social, por exemplo, é financiada por George Soros, bilionário e liberal. AFundação Ford, a FundaçãoAdessiume a Funda- çãoDavid e Lucile Packard costumam apoiar causasmais associadas aos pro- gressistas, entre elas as mudanças cli- máticas. Assim, os envolvidos no fogo cruzado dos Panama Papers e os con- servadores da linha de AndrewBreit- bart [comentarista político conserva- dor e membro do movimento republi- cano Tea Party morto em 2012] entra- ram na dança, questionando as ten- dências políticas dos financiadores da organização jornalística. Nada mais justo (aliás, os jornalis- tas devem se perguntar se eles cha- mariam atenção para os financiado- res de uma organização de imprensa apoiada por pesos pesados do Par- tido Republicano, como os bilioná- rios irmãos Koch ou o magnata da indústria dos cassinos Sheldon Adel- O jornal alemão Süddeutsche Zeitung recebeu mais de 11 milhões de documentos do escritório panamenho Mossack Fonseca CHRISTOF STACHE/AFP/Getty Images
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