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REVISTA DE JORNALISMO ESPM | CJR 53 está aprendendo o que funciona e o que não. Grandes perfis de persona- gens de destaque nomundo científico emplacam. “Ainda que tenham, sei lá, 3.000 palavras, os leitores encaram”, diz. Mas o Stat teve de adaptar sua estratégia de vídeos. Quando deu uma matéria sobre o problema de concus- sões entre jogadores da liga universi- tária de futebol americano, parte da série High Impact , por exemplo, o site incluiu um vídeo de quatro minutos e meio produzido por Matt Orr que mostravaumpromissor “quarterback” da SyracuseUniversity desqualificado por questões médicas. Um número relativamente pequeno de gente o viu. Foi só quando a equipe do Stat fez uma versão de 30 segundos para o Facebook que a história decolou “e teve, não sei, 1 milhão de visualiza- ções”, acrescenta Berke. Isso levou a equipe a incluir trailers de vídeos para o Facebook em projetos futu- ros. Segundo Simon, outro resultado foram ligações de técnicos de outras instituições ao jogador do Syracuse para tentar contratá-lo, diz Simon. Hábitos de leitura BerkecontaquesuapassagempeloPoli- tico ensinou muito sobre o que é pre- cisopara tornar leituraobrigatóriauma newsletter – que hoje é parte da estra- tégia de marketing do Stat. Enquanto a Morning Rounds vai bem e continua a crescer, o Stat pretende lançar várias outras em 2016, a começar pela Phar- malot , boletimregular do jornalistaEd Silverman sobre a indústria farmacêu- tica. Newsletters, que dão mais links para textos sobre saúde e ciência pro- duzidosporoutrosmeiosdecomunica- ção do que pelo site, são a saída encon- tradapeloStatparase integraraoshábi- tos de leitura diários de seu público -alvo. Elas também abrem uma opor- tunidade de patrocínio: a Johnson & Johnsonpatrocinoua MorningRounds . Apublicaçãotraziaumtextoclaramente rotulado como conteúdo pago. No site em si, o Stat ainda está fazendo ajustes, tentando chegar à combinação certa de textos que cabem sob o amplo guarda-chuva do “jorna- lismo científico”. Segundo Simon, não hámuito público para temas políticos – ao que parece, hámenos gente inte- ressada em ler sobre a iniciativa con- tra o câncer do vice-presidente ame- ricano, Joe Biden, por exemplo, do que a típica cobertura sobre saúde e medicina.Mas são temas importantes o suficiente para receber uma atenção frequente. Até o recurso regular de pesquisa está ganhando um enfoque mais político. Emparceria coma T.H. Chan School of PublicHealth, daHar- vard University, o Stat vai fazer pes- quisas mensais sobre temas de ciên- cia e saúde relevantes na campanha à Presidência dos Estados Unidos. Pes- quisas anteriores forammais gerais – sobre temas comomanipulação gené- tica para criar bebês “sob medida” e cigarros eletrônicos. Apublicação tambémestá tentando encontrar maneiras de ser a voz defi- nitiva sobre o que acontece em Bos- ton, mas semabrirmão de umpúblico mais amplo. Matérias originadas do vasto universo de hospitais de pes- quisa e universidades da cidade hoje aparecem na seção Kendall Squared, mas segundo Simon o Stat ainda pre- cisa descobrir como abordar assuntos locais de um jeito interessante para o público internacional. Se os primeiros meses do Stat ser- viremde indicador, a publicação tem um futuro promissor. ■ anna clark é correspondente da CJR nos estados americanos de Michigan, Wisconsin, Ohio e Pensilvânia. Radicada em Detroit, a jornalista está no site www.annaclark.net e no Twitter @annaleighclark. A publicação faz uma aposta pesada em matérias originais produzidas por uma equipe experiente para atingir um público mundial Artigo publicado em 23 de fevereiro em www.cjr.org
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