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72 JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO 2016 não ocorre no campus, obviamente, mas emespaços como o “Overheard at Yale”, um grupo no Facebook restrito a quem tem conta de e-mail de Yale. Pelo que me contaram, uma discus- são ali começa rabugenta, fica viru- lenta e, depois, morre. Ainda assim, muito aluno prefere dizer o que pensa na rede a falar com um repórter de um veículo universitário convencio- nal. Daí o ensaio na primeira pessoa ter virado o método favorito para a cobertura de manifestações da Next Yale . O Down publicou o “Voices from the movement” (“Vozes do movi- mento”). O New Journal deu uma série de ensaios sobre ser “Black at Yale” (“Negro em Yale”). A revista feminista Broad Recognition publicou reflexões literárias sobre o ativismo. Outras formas de jornalismo uni- versitário, em Yale e outros lugares, também acabarammetidas em rebu- liços raciais. Repórteres que acorre- ram à Smith College (emMassachu- setts) em novembro de 2015 tinham de “articular sua solidariedade com estudantes negros e de outras origens raciais” para poder cobrir os protes- tos. NaWesleyan, que fica cerca de 40 quilômetros ao norte de Yale, um jor- nal estudantil teve a verba cortada pela universidade por publicar um edito- rial que questionava táticas do movi- mento Black Lives Matter (“Vidas Negras Importam”). Catherine Ram- pell, do Washington Post , escreveu que a decisão da Wesleyan “diz [aos alunos] que eles talvez sejam frágeis demais para tolerar palavras que cau- sem desconforto; em vez de refutar, deveriam fechar, cortar a verba, ras- gar, desconvidar”. Éinteressanteouvir chamaremmeios universitários como o Herald e o Daily News de “a grande mídia”. Por ser “establishmentista, [o YDN ] prova- velmente sempre será alvo de críti- cas de todos os setores da comuni- dade”, explica Oppenheimer. Ambiente hostil SebastianMedina-Tayac é editor exe- cutivo do meio alternativo Down . Quando falamos pela primeira vez, por telefone, não parecia muito cansado. Estava mais para energizado. O aluno de 21 anos lançou a publi- cação com Elizabeth Spenst e Eshe Sherley. A Down foi originalmente criada para a mulher de minorias, masMedina-Tayac, cujo pai é latino e amãe, indígena, foi convidado por ter experiência jornalística. Foi repórter do YDN no ano passado e já fez frilas para o New Haven Independent , um diárioda cidade. Na equipe de dez pes- soas da Down , muita gente – incluindo Medina-Tayac – é também ativista. “Tem gente que se acha imparcial e objetivo como jornalista [mas] não está Mais de mil pessoas participaram de uma passeata, a “March of Resilience”, no início de novembro em Yale ARQUIVO CJR

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