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REVISTA DE JORNALISMO ESPM | CJR 31 em 2013, dois homens assassina- ram Lee Rigby, um soldado britânico em trajes civis, no bairro londrino de Woolwich. 1 EnquantoRigby era atacado na rua, gente que assistia à cena tuitava sobre o fato. Uma testemunha gravou um vídeo no qual um dos agressores – ainda com sangue nas mãos – con- tava por que tinha matado o militar. Umprojetode pesquisa da entidade britânica Economics and Social Rese- arch Council concluiu, após análise do episódio emWoolwich, que cada vez mais esse tipo de fato é noticiado primeiro nas redes sociais, com con- sequências sérias para os serviços de emergência. Redes sociais são, hoje, um fator fundamental para a com- preensão do público, conclui o rela- tório, com implicações para governos e agentes de segurança – o que rever- bera tambémnas plataformas sociais, que precisamconsiderar seu papel na mediação da reação do público, a fim de evitar desfechos negativos, tanto em termos de novos incidentes como de relações comunitárias. As plataformas argumentam que não são editoras, muito menos orga- nizações jornalísticas. Seu negócio é oferecer um canal aberto e de fácil acesso para que o público possa se comunicar. Os termos e condições de uso, no entanto, permitemque remo- vamconteúdo, o que inclui interrom- per a transmissão de um vídeo ao vivo. Hoje, isso é feito de acordo com uma série de critérios aplicados por meio de uma combinação de denún- cias de conteúdo ofensivo feitas por usuários, sistemas automatizados que identificam palavras-chave e a deci- são de funcionários da plataforma de remover ou bloquear conteúdo ou incluir alertas. Essa espécie de filtragem pós- -publicação não é o mesmo processo usado por um jornalista ao selecionar material antes da publicação. É, con- tudo, edição. Significa calcular danos Pedestre observa monitores sintonizados na CNN, que mostram o ataque do segundo avião ao World Trade Center, em Nova York, em 2001 1 Artigo adaptado de um relatório do autor para o Tow Center, parte de uma série sobre jornalismo e terrorismo produzida em parceria pelo Tow Center for Digital Journalism e a organização Democracy Fund Voice.