REVISTA_de_JO_ESPM 20

36 JULHO | DEZEMBRO 2017 já se lamentava o fechamentodas salas de cinemas, naquele ano o Brasil con- tava com 2.000 salas de exibição con- tra as4.000salasde anos anteriores. As revistas de saúde tinham começado a ser publicadas noBrasil umano antes. E chegaram disputando um mercado que se tornou grandioso. Apadroniza- ção das emissoras FMde rádio derru- bava qualquer tentativa de uma pro- gramação mais inteligente e acabara de tirar do ar a Rádio Nova Excelsior, que tinha como diretor de programa- ção o então críticomusical e diretor da revista SomTrês , Maurício Kubrusly. ATVRecord completava 30 anos e deixava pra trás uma história de tem- pos exuberantes. Ela nunca havia real- mente investido em jornalismo, mas tinha em seu currículo programas de auditório, entrevistas, shows que fica- riampara sempre namemória dos pri- meiros anos da TV brasileira. Dois meses após a inauguraçãodaTVMan- chete, era feita uma análisedos telejor- nais da época. Existia uma expectativa de que, com a chegada da emissora, poderia haver melhoria da qualidade do telejornalismo brasileiro. Expecta- tiva frustrada. O jornal era feito com matérias longas, aborrecidas, mal edi- tadas, irrelevantes. Os comentaristas nãodemonstravamsenso crítico e dei- xavam transparecer ou absoluta inse- gurança diante das câmeras (Murilo Melo Filho) ou descabido caboti- nismo (Alexandre Garcia). Naquele momento, o jornalismo crítico estava na TVBandeirantes, a coberturamais abrangente e superficial era da TV imprensa e cinema: o público espec- tador nem sempre se confunde com o eleitorado, concluía. Otavio Frias Filho, então secretário editorial da Folha de S.Paulo , falava sobre a con- vocação de reuniões com os leitores paradiscutir a linha editorial do jornal. Acapa da segunda edição tratava do que chamamos na ocasião de “messia- nismo eletrônico”. Naquela época, os programas de igrejas então chamadas de pentecostais, as evangélicas, esta- vam entre os mais ouvidos pelo povo brasileiro. Sim, nós acompanhamos a gravação desses programas em estú- diosmoderníssimos instalados emsuas igrejas. Orádio como difusão religiosa antecedia ali as dezenas de programas evangélicos nas emissoras de TV nos anos que se seguiram. Naquela edição Com seis edições lançadas, acabou fechando as portas porque não se pagava, não conseguiu atrair o mercado publicitário REPRODUÇÃO

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