Revista da ESPM - JUL-AGO_2007

Estado é um c o n c e i to mo d e r n o. No imaginário contemporâneo, os elementos constitutivos desse Estado moderno ainda reinam, em grande medida, soberanos, porque ainda encontram algum eco nas promessas modernas de redenção do homem sobre o homem, de triunfo defini– tivo do homem sobre a natureza, i n c l u i n do sua própria n a t u r e z a. Um reino de razão, de igualdade, liberdade e fraternidade. Passados 500 anos, as promessas da modernidade não se concretizaram. Para mu i t o s, converteram-se em quimeras. Porém, de s i l ud i dos ou não, o Estado continua um fato. A máquina burocrática de exercício do monopólio do uso legítimo da força não é um s onho nem uma ilusão. Ela está mais presente do que nunca. Denuncia-se o uso cada vez mais freqüente dos aparelhos de repressão contra os excluídos da e c onomia de mercado e o uso da máquina militar, visando a expansão v i o l e n ta do me smo me r c a do. As desilusões que marcam, no imagi– nário, o fim do Estado mode r no não correspondem, em absoluto, ao seu fim material, mas, em certa medida, ao seu recrudescimento. Os p r o b l emas do Estado, n uma c o n c e p ç ão pós-moderna, não

RkJQdWJsaXNoZXIy NDQ1MTcx