Revista da ESPM - JUL-AGO_2007
dirigida e interpessoal é considerada c omo a principal arma estratégica e tática na busca pelo sucesso nos negócios rurais. O marketing direto fundamentado em Data Base Market– ing, a interatividade c om a mídia digital e virtual, e a integração disso com as demais ações de mídia clássica e dirigida, e operações de ponto-de- venda, formam o arcabouço da gestão dos planos de comunicação do setor. A parte dos recursos destinados ao que poderíamos considerar o espetáculo vivo e teatral, propriamente dito, desde palestras, reuniões, dias de campo, shows, feiras, eventos e materiais destinados para esse fim, além das despesas com viagens, locomoção e recursos humanos dedicados, repre– sentam cerca de 6 0% da média das verbas para ativação de marketing. Podem representar de 80 a 9 0% em organizações que não investem na comunicação institucional e de marca na mídia clássica, e de 25 a 3 5 % onde a corporação realiza ações de percepção mais amplas, envolvendo, além da comunidade rural, os influen- ciadores e líderes de opinião urbanos, corporações com verbas mais pesadas destinadas à propaganda propria– mente dita. O " s how" vende. O espetáculo no agronegócio não é o show pelo show. É o show como veículo de chegar à razão pela via do coração. O campo tem alma, tem a vida, o agronegócio é biodinâmico, onde a observação e o sentimento de cada produtor rura l fazem a diferença em cada proprie– dade deste país e do mundo. A razão orienta, mas a emoção movimenta. O espetáculo está no design, nos sen– tidos humanos. E o design já nasce no código genético humano e na dança do encadeamento das células. Isso é vida: humana, animal, mineral e vegetal. O Agronegócio é um espe– táculo biodinâmico. O geneticista que "desenha" um tomate, uma planta de milho, um melão, o novo arroz, o porco, o frango, o boi, é como um artista, ele está também preocupado com o belo, com a atratividade estética do produto final, com o seu espetáculo na mesa do consumidor. Para os próximos anos no marketing do agronegócio o que iremos desen– volver cada vez mais é o bio-market- ing. O marketing da biodinâmica. A consciência ambiental, a sustentabi– lidade, o não tomar emprestado do futuro sem devolver com juros e valor agregado para a qualidade de vida daquele futuro. As ações de sucesso no espetáculo rural são aquelas feitas e realizadas c om a consciência do longo prazo. A atividade exige visão longínqua. Os profissionais de mar– keting do setor, estejam eles no antes, no dentro ou no pós-porteira das fazendas, precisarão planejar e agir, c om as formulações do bio-market- ing. Isso significa fazer a ética preva– lecer, construir relações comoventes e duradouras e trabalhar para que as suas organizações jamais coloquem o curto prazo na frente da longevi– dade e dos seus compromissos co m a integridade. Quando isso acontece - essa inversão de f undamen t o s os resultados são catastróficos e sempre revelados, inexoravelmente, pela própria terra que rejeita aquilo que a agride, seja c omo forma de tecnologia, seja c omo maneira não biodinâmica das atividades comer– ciais e promocionais. Os dirigentes profissionais existem para dar alma aos seus produtos, serviços e marcas. Isso é espetacular, isso é a nova consciência do bio- marketing no campo, nos alimentos, nas rações e fibras: o marketing da biodinâmica. Agronegócio é vida, saúde, segurança e, também, um espetacular negócio.
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