Revista da ESPM - JUL-AGO_2007

à sociedade de consumo, bem c omo apontar suas possíveis alternativas revolucionárias. Em Kellner temos uma percepção de que "as formas de espetáculo e vo l uem c om o tempo e a mu l t i– plicidade de avanços tecnológicos" (2006:121). O autor afirma utilizar uma abordagem investigativa e in– terpretativa para analisar espetáculos específicos e contextualizados, como a associação entre a Nike e o desportis– ta Michael Jordan, ou a campanha presidencial em seu país, visando "elucidar o meio social em que nascem e circulam" (idem:14). Mais fundamen– talmente, enquanto em Debord temos uma visão homogênea e triunfalista da sociedade do espetáculo, o autor americano destaca suas contradições e ambigüidades. Ressaltando o caráter instável e imprevisível das políticas do espetáculo, Kellner adverte que estas produções nem sempre conseguem manipular o público e podem falhar. Lançando mão das contribuições teóricas dos Estudos Culturais - notada– mente as contribuições de Raymond Williams, Stuart Hall etc. -, nos estudos de recepção, Kellner admite que "o público pode resistir aos significados e mensagens dominantes, criar sua própria leitura e seu próprio modo de apropriar-se" (2001:11) dos produtos midiáticos.»

RkJQdWJsaXNoZXIy NDQ1MTcx