Revista da ESPM - JUL-AGO-2011
julho / agosto de 2011 – R E V I S T A D A E S P M 115 MARCIA PERENCIN TONDATO Doutora em Comunicação pela ECA-USP. Professora titular do PPG em Comunicação e Práticas de Consumo-ESPM. mtondato@espm.br CASTELLS , Manuel. O poder da identidade. A Era da informação: economia, sociedade e cultura – vol 2. São Paulo: Paz e Terra, 2008. GARCIA CANCLÏNI , N. Consumidores e cidadãos – conflitos multiculturais da globalização . Rio de Janeiro: UFRJ, 1996. MARTÍN-BARBERO , Jesús. Ofício de cartógrafo – travessias latino-americanas da comunicação na cultura . São Paulo: Loyola, 2004. MARTÍN-BARBERO , Jesús. Dos meios às mediações – comunicação, cultura e hegemonia . Rio de Janeiro: UFRJ, 1997. MARTÍN-BARBERO , Jesús. América “Latina e os anos recentes: o estudo da recepção em comunicação social” In SOUSA , Mauro Wilton de (org.). Sujeito, o lado oculto do receptor . São Paulo: ECA-USP/ Brasiliense, 1995. SLATER , Don. Cultura do consumo & modernidade . São Paulo: Nobel, 2002. WOLTON , Dominique. Internet, e depois? Uma teoria crítica das novas mídias . Porto Alegre: Sulina, 2003. BIBLIOGRAFIA NOTAS 1. Pesquisa de Orçamentos Familiares. Disponível em http:// www.ibge.gov.br/home/ 2. Classe C apresenta novos hábitos de consumo - Pesqui sa mostra o setor commaior penetração nos lares da classe C, que quer mais qualidade - Por Thiago Terra, do Mundo do Marketing - 01/10/2008. Disponível em http://www. mundodomarketing.com.br/16 ,5810,classe-c-apresenta-novos-habitos-de-consumo.htm 3. Consumo volta a crescer no Brasil. Disponível em http://br.nielsen.com/news/Consumo_volta_a_cres cer_no_Br.shtml 4. A classe C quer muito mais Bolívar Lamounier em entrevista à revista Veja . Edição 2153 | 24 de fevereiro de 2010. Disponível em http://veja.a bril.com.br/240210/classe-c-quer-muito-mais-p-015.shtml 5. A classe C quer muito mais - Bolívar Lamounier em entrevista à revista Veja . Edição 2153 | 24 de fevereiro de 2010. Disponível em http://veja.a bril.com.br/240210/classe-c-quer-muito-mais-p-015.shtml 6. Disponível em: / /mdemulher.abril.com.br/revistas/mi diakit/hábitos-de-consumo/index.html. Acessado em 4 de fevereiro de 2009. 7. Fonte: IBOPE/ Pesquisa Mulheres 2008. Disponível em: http://mdemulher.abril.com.br/revistas/midiakit/temas- de-interesse/index.html e Http://mdemulher.abril.com.br/ revistas/midiakit/decisoes-de-compra/index.html 8. A grande vitrine da televisão mantém toda sua força. Especial Mídia. Ano III, no. 29, julho 2001, p. 4, encarte especial de Revista ABOUT - 9 de julho de 2001. Ano XIII, n o 635. assimnovas formas de transformação social. Até que ponto a classe C participa dessa sociedade? Entendendoque vivemos emuma sociedademe- diada emidiatizada,mesmopensandoo receptor comoator social, nãodevemos vê-lo comodecisor incondicional. O consumo dos meios, e da pu- blicidade, não se dá em um contexto de “escolha pessoal”, comos indivíduos optando “pela oferta que mais lhes agrada ou mais compatível com seus interesses”. Receptores são consumidores e também“sujeitos”queparticipamdeumcontexto socioeconômico-cultural que inclui pelo consu- mo, valoriza pela aparência e exclui pela negação aoacesso. Tipologias e classificaçõesnãoexplicam ou respondemquestões sobre inclusãoe inserção, valores, identidade e autoestima. Citei algumas aspiraçõesdanova classeCalémdo acessomaterial, o empreendedorismo entre elas. Também a posse de bens duráveis, de imóveis, de poupança, de educação para os filhos. Seja qual for desses itens, sabemos da necessidade de formação e até conhecimento técnico para sua efetivação – legislação, administração financeira, e aí voltamos ao básico do básico: a deficiência educacional da grande parte dessa população. Pelo menos da ativa, que deve hoje construir as bases para preservação das conquistas. E é nesse aspecto que tocamos as maiores fragi- lidades do processo, a necessidade de entender as transformações na dimensão dos valores. Qual o valor dado à educação “real”, não àquela representada pelo “canudo” ao final de 4 anos, ou se possívelmenos, atendendo às demandas de tempo?Qual a ordemde priorização na alocação da renda familiar? Do tempo com a família? Das preocupações com as questões educacionais no âmbito da escola pública e na defesa de uma educação eficiente? ES PM
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