Revista da ESPM - JUL-AGO-2011
julho / agosto de 2011 – R E V I S T A D A E S P M 121 evidencia é o aumento do preço dos ingressos dessas salas, o que só reforça o consumo por parte das tradicionais classes A e B. Para ilustrar essas breves reflexões, resolve- mos fazer uma análise espacial da localização dos cinemas no município do Rio de Janeiro. A nossa motivação foi buscar entender se esses negócios estão acessíveis, territorialmente, para essa parcela da população carioca que, em grande parte, forma o contingente que ascendeu para a nova classe média, que no- tadamente reside nos subúrbios da cidade. O que fica evidente, a partir da análise dos mapas temáticos, é que há uma concentração espacial na oferta de complexos e salas de cinemas, que priorizam a sua localização nas tradicionais áreas nobres da cidade do Rio de Janeiro: Centro, Zona Sul e Grande Barra. Enquanto amplas extensões dos subúrbios ou mesmo da Zona Oeste possuem baixíssima densidade de oferta, ou mesmo a total ausên- cia de salas de cinema nas suas localidades ou em bairros vizinhos. Provavelmente, o que as grandes redes exibidoras alegam é que não há mercado consumidor que sustente os fluxos financeiros das operações das salas de cinema nessas regiões. A nossa hipótese é outra: na verdade os modelos de negócios tradicionais do mercado de exibição do cinema não estão ajustados para atender a essas populações. Buscando contribuir para esse debate, bem como para outras questões que envolvem o entendimento da economia criativa, o Núcleo de Economia Criativa da ESPM-RJ tornou-se Salas de exibição no Município do Rio de Janeiro Elaboração do autor
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