Revista da ESPM - JUL-AGO-2011

julho / agosto de 2011 – R E V I S T A D A E S P M 123 NERI , Marcelo (coord.). Os emergentes dos emer- gentes: reflexões globais e ações locais para a nova classe média brasileira . Rio de Janeiro: FGV/ CPS, 2010. www.ancine.gov.br www.ipp.rj.gov.br www.ibge.gov.br www.pontocine.com.br BIBLIOGRAFIA NOTA 1. Agência Nacional do Cinema. RODRIGO DA SILVA CARVALHO Mestre em Gestão e Inovação (Coppe/UFRJ) e Especialista emGestão doConhecimento (Coppe/ UFRJ) com formação emEconomia (UFRJ) eGeo- grafia (UFF). Coordenador doNúcleo deEconomia Criativa da ESPM-RJ JOÃO LUIZ DE FIGUEIREDO Doutor eMestre emGeografia (UFRJ), Economista (UFRJ) e Geógrafo (UERJ). Chefe do Departa- mento Gestão do Entretenimento da ESPM-RJ e Coordenador do Núcleo de Economia Criativa da ESPM-RJ Considerações finais É bastante divulgado nas mídias que há no Brasil um processo de mobilidade social, em curso, representado pela emergência de uma nova classe média. Muito se propaga sobre o acesso a crédito e a bens de consumo, e mesmo força política, que esse estrato social, classificado genericamente como classe C, tem conquistado na nossa sociedade. No entanto, muitos setores da economia ainda não conseguiram ajustar os seus modelos de negócios para dar conta dessas oportu- nidades que se apresentam. Nesse sentido, a economia do entretenimento também parece buscar a melhor maneira de gerar, entregar e capturar valor nos seus mercados – o exem- plo patente é a indústria fonográfica. Para fins deste artigo centramos o olhar para a cadeia do audiovisual, fazendo um recorte na exibição das produções cinematográficas: os tradicionais cinemas. Ao fazermos uma simples análise da localiza- ção espacial dos complexos cinematográficos e/ou salas de cinema existentes na cidade do Rio de Janeiro, observamos a intensa con- centração territorial, com expressiva parcela das unidades se localizando para atender ao consumo das classes A e B, negligenciando o potencial de consumo emergente da nova classe média. No entanto, novas alternativas de modelos de negócio precisam ser estudadas e dissemina- das pelos atores institucionais, que poderiam promover a ampliação do acesso às produções audiovisuais, em particular às cinematográ- ficas nacionais. Por fim, é preciso incentivar casos de sucesso, como é o bom exemplo do Ponto Cine de Guadalupe, localizado num bairro do extremo da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, que nos ensina, acima de tudo, que existemmodelos de negócio inova- dores e empreendedores criativos pelo Brasil à espera do nosso olhar. ES PM

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