Revista da ESPM - JUL-AGO-2011
julho / agosto de 2011 – R E V I S T A D A E S P M 125 O contexto mundial e nacional do mercado de café o ara avaliar o consumo de cafés, cumpre entender como se segmenta o mercado mundial de bebidas. Uma divisão, baseada no foodservice (que co- mercializa bebidas “engarrafadas”), identifica quatro blocos: bebidas alcoólicas (cerveja, vinho, whisky, cachaça etc.); não alcoólicas (refrigerantes, sucos, água etc.); derivadas de leite (leite aromatizado, iogurtes líquidos etc.); quentes (café, chá etc.). Em 2009 foram consumidos mundialmente cerca de 1,4 tri- lhão de litros de bebidas, tanto compradas no varejo para consumo no local (restaurantes, bares, cafés etc.), quanto para consumo fora do PDV (supermercados, lojas de conveniência etc.). Nesse sentido, observou-se a liderança das bebidas não alcoólicas (42% do volume), seguidas pelas quentes (31%), alcoólicas (15%) e derivadas de leite com 12%. 1 Globalização e os impactos no consumo de café no Brasil A globalização está presente na vida dos brasileiros por meio de empresas, produtos e marcas transnacionais. As fronteiras geográ- ficas não têm mais tanto sentido. 2 Consumi- dores nacionais podem comprar produtos e serviços localmente ou globalmente, buscan- do os melhores produtos e serviços, a preços razoáveis, sem se preocuparem com a nacio- nalidade deles. Essa experiência de compra ou de acesso a informações pode contribuir para a formação do perfil do consumidor e influenciar seu padrão de compra. Para conquistar novos mercados, empresas multinacionais buscam outros países, refor- çando suas marcas globais, redefinindo seus conceitos e formando alianças estratégicas com empresas locais. O Brasil tem presencia- do esse movimento no mercado de café, com a chegada de marcas de café Illy e Nespresso, de cafeterias como Starbucks e McCafé 3 e da venda de máquinas de café do tipo SSP, 4 que preparam café do tipo “espresso”, que acentua características sensoriais. Esse movimento contribui para formação das aptidões dos con- sumidores locais, que distinguem produtos de melhor qualidade. Apesar de o grau de exigência ter melhorado e o café ser a principal bebida quente consu- P BEBIDAS NÃO ALCOÓLICAS 42% BEBIDAS QUENTES 31% BEBIDAS ALCOÓLICAS 15% BEBIDAS DERIVADAS DE LEITE 12% RANKING DO CONSUMO DE BEBIDAS EM 2009 M. Dueñas
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