Revista da ESPM - JUL-AGO-2011

julho / agosto de 2011 – R E V I S T A D A E S P M 25 no consumo dos moradores das regiões e municípios que integram o Brasil. A população brasileira em 2005 era de 184 mi- lhões de habitantes. Já ultrapassamos amarca de 190milhões de habitantes na data de referência do Censo Demográfico 2010, do IBGE. 3 Mas como a população de baixa renda virou a nova classe média? A FGV considera uma família de classe média (classe C), quando tem renda mensal entre R$ 1.064 e R$ 4.591. A elite econômica (classes A e B), tem renda superior a R$ 4.591,00 enquanto a classe D (classificada como remediados), ganha entre R$ 768,00 e R$ 1.064,00. A classe E (pobres), por sua vez, reúne famílias com rendimentos abaixo de R$ 768,00. Em agosto de 2008 o mesmo Centro de Políti- cas Sociais da FGV (CPS/IBRE/FGV), já havia alertado para esse fenômeno quando lançou o estudo “A Nova Classe Média”. Desde 2002, a probabilidade de ascender da classe C para a classe A nunca foi tão alta, e a de cair para a classe E nunca foi tão baixa. A título de comparação, segundo o Pew Ins- titute, 53% dos norte-americanos se conside- ram classe média. O novo “Critério Brasil” classificava como classe C, em 2005, 43% dos brasileiros. A classe média emergente continuou em expansão, desde então, nas seis principais metrópoles do país e passou a representar 53,8% da população em dezembro de 2008. Em outras palavras, o Brasil se tornou um país de classe média, similar aos EUA. As classes A e B se enquadram em uma renda superior a R$ 4.591,00 , enquanto a classe D recebe en- tre R$ 768,00 e R$ 1.064,00. A classe E, por sua vez, reúne fa- mílias comrendimentos abaixo do valor mínimo da classe D, que cor- responde a R$ 768,00. Em2010,esta“novaclas- se média” gastou 864 bilhões de reais. As clas- sesAeBjuntasgastaram 909 bilhões de reais no mesmo período.

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