Revista da ESPM - JUL-AGO-2011

julho / agosto de 2011 – R E V I S T A D A E S P M 63 teúdos são direcionados para ela e passe a entendê-los como boas práticas, aplicáveis ao seu cotidiano. É dessa forma que trabalhadores passarão a considerar o endividamento súbito, como o causado por um pequeno sinistro, um grande entrave para a trajetória ascendente de suas famílias. Essa nova mentalidade do que são boas prá- ticas se estende a situações como: a quebra de um produto cujo valor do conserto exceda o orçamento familiar; uma situação súbita de desemprego, (que pode comprometer, por exemplo, o acesso à educação privada dos filhos), ou mesmo o lucro cessante, quando se trata de um profissional autônomo que precisa interromper suas atividades por motivo de doença ou acidente. Ao entrar em contato com mensagens que alertam para os riscos, a nova classe C passa a se conscientizar da importân- cia de se prevenir e constrói a noção de que gerenciar esses pequenos riscos pode trazer impacto positivo, significativo em suas vidas, para evitar passar por situações possivelmen- te semelhantes às de colegas de bairro ou de empresa, que sofreram os impactos negativos por não preverem riscos. Microsseguro: o que é? Para entender conceitualmente o que é mi- crosseguro, é preciso, primeiro, saber o que é seguro tradicional: aquele em que o cliente procura uma empresa para transferir o risco de que algo aconteça a um patrimônio próprio contra possíveis sinistros, como é o caso de um carro ou de uma casa protegida contra roubo ou incêndio, e, no caso dos indivídu- os, seguros contra acidentes ou morte. Em todas as modalidades, o princípio é o mes- mo: o segurado paga um valor X mensal (o prêmio), para manter a apólice. O valor pago depende de uma série de fatores relativos à probabilidade de sinistro, tais como local da residência, idade do segurado, caracterís- ticas do bem, enfim, toda uma matriz que determina o nível de exposição do bem e/ ou do segurado. Por exemplo, dois carros de igual valor de mercado poderão ter valores de seguro totalmente diferentes se o índice de roubo de um determinado modelo for três vezes maior do que o do outro. É a partir dessa matriz que a seguradora estabelece o custo do seguro (denominado tecnicamente de prêmio), incluindo impostos e taxas de administração. A indenização (valor devido ao cliente em caso de ocorrência do sinistro, que pode ser total ou parcial) é paga con- forme o sinistro (ocorrência de problema por cujo risco se busca proteção no seguro). No caso dos microsseguros, as apólices são de valores menores, podem cobrir acidentes com o pagamento de parcelas mensais a partir de R$ 10, ou menos, e gerar indeniza- ções de, no mínimo, R$ 10 mil. Esses valores são, portanto, muito menores do que os de seguros tradicionais. A Carrefour Soluções Financeiras, ligada à rede de varejo, oferece 8 tipos de seguros exclusivos que incluem: Proteção Financeira, Perda e Roubo do Car- tão, Seguro Residencial, Plano Odonto, Acidentes Pessoais e Autofácil, um seguro para proteção de veículos com exclusividade para roubo e furto. A bandeira se vale de cartões de crédito associados à marca, em que o seguro contra roubo do car tão é visto como mitigador de risco.

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