Revista da ESPM - JUL-AGO-2011
R E V I S T A D A E S P M – julho / agosto de 2011 70 Anovaclassemédia, ao incorporar partedosegmentode“baixarenda”, onerouacurtoprazoaproduçãoda indústria nacional, que elegeu as importações de produtos básicos para manter, a duras penas, sua participação no mercado nacional. A estrutura industrial brasileira e sua desindustrialização O processo de evolução e crescimento indus- trial está associado, diretamente, à transfor- mação econômica e crescimento da renda per capita . Assim, fatores relacionados à política industrial, bem como a conjuntura externa, contribuem para o avanço econômico do país, mas também impõem-lhe algumas limitações. A política industrial de um país deve levar em consideração a gestão otimizada de recursos, no sentido de garantir um crescimento sus- tentado e contextualizado com as relações internacionais. Nesse aspecto, historica- mente, a estrutura industrial brasileira tem evoluído para uma estrutura heterogênea intersetorial, constituída por um grande número de setores econômicos que não têm expressividade coletiva, como acontece com o mercado norte-americano, onde existe a indústria automobilística, por exemplo, que agrega e movimenta outros setores como o financeiro, pneumáticos, vídeo e aço. Conforme estudo realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o panorama brasi- leiro, envolvendo os dez maiores setores econômicos, era, em 2008 e 2009, o seguinte (vide Quadro 1). PAPEL E CELULOSE 93,2 90,4 MATERIAL DE TRANSPORTE 92,5 88,5 VESTUÁRIO E CALÇADOS 86,9 87,1 MINERAIS NÃO METÁLICOS 89,3 86,6 PRODUTOS DE MATÉRIA PLÁSTICA 85,8 86,3 MECÂNICA 87,8 83,7 PRODUTOS ALIMENTARES 84,6 81,6 MATERIAL ELÉTRICO 83,0 78,7 PRODUTOS FARMACÊUTICOS 71,7 72,9 INDÚSTRIA EM GERAL 86,2 83,8 Fonte: FGV Pré-crise (julho de 2008) Quadro 1 Pós-crise (dezembro de 2009) Panorama brasileiro envolvendo os dez maiores setores econômicos, em 2008 e 2009
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