Revista da ESPM - MAI-JUN_2007

J. Roberto Whitaker Penteado 11 MAIO / JUNHO DE 2007 – R E V I S T A D A E S P M O NOME DE HELENA PRODUZIU EM CAMARGO UMA CARETA IN- TERIOR. EXTERIORMENTE, NÃO PASSOU O EFEITO DE UM SOR- RISOSARDÔNICOEDISSIMULADO. INTERVEIO UMA PITADA DE RAPÉ, QUE O MÉDICO INSERIU LENTA- MENTE, DEPOIS DE A EXTRAIR DE UMABOCETADETARTARUGA,PRE- SENTE DO CONSELHEIRO VALE. O rapé desapareceu e – com ele – a sua embalagem tradicional, que se originou no latim buxus , do grego puxos , de onde vieram palavras con- temporâneas como buxo e box , no inglês. Na Inglaterra, comemora-se até hoje, no dia 26 de dezembro, o Boxing Day – surgido há oito sécu- los, quando – para celebrar o fim do Natal – as caixas de esmolas das tocas e cavernas), muitas embala- gens estimulam a imaginação: o ovo, de onde os fenícios julgavam que se abrira, para formar o céu e a terra. Os indígenas americanos acreditavam que de um ovo gigante e dourado havia saído o grande espírito, para criar o mundo. O joa- lheiro Fabergé transformou ovos em jóias. E ainda, a bolsa dos cangurus, os casulos das borboletas... Vale ainda lembrar o saco de Papai Noel; a designação de trouxa, para alguém que se deixa “embrulhar” facilmente e a grande família dos frascos e garrafas, aqueles, geral- vulgarizada – pela qual veio a ser designado o órgão sexual femi- nino. Ela encontra-se neste trecho de Machado de Assis (na acepção original): O RAPÉ DESAPARECEU E – COM ELE – A SUA EMBALAGEM TRADICIONAL, QUE SE ORIGINOU NO LATIM BUXUS, DO GREGO PUXOS, DE ONDE VIERAM PALAVRAS CONTEMPORÂNEAS COMO BUXO E BOX, NO INGLÊS. O JOALHEIRO FABERGÉTRANS- FORMOU OVOS EM JÓIAS. E AINDA, A BOLSA DOS CAN- GURUS, OS CASULOS DAS BORBOLETAS... igrejas eram abertas e o seu conteú- do distribuído aos pobres. A câmara fotográfica, como se sabe, nasceu como um caixote ( box camera ). Na natureza (que proporcionou aos nossos antepassados a proteção de mente para embalar perfumes e outras poções mágicas e estas – como continente do precioso vinho – mencionadas muitas vezes nos livros bíblicos e nas obras épicas de Shakespeare e Dante. Nossa busca pelo “gênio da gar- rafa” conduziu-nos a um curioso igarapé. Como todos sabem, o gênio original – de Aladim – surge de uma lâmpada a óleo. Aparentemente, quem engarrafou o gênio foram os NOSSA BUSCA PELO “GÊNIO DA GARRAFA” CONDUZIU-NOSAUM CURIOSO IGARAPÉ. COMO TO- DOS SABEM, O GÊNIO ORIGINAL – DE ALADIM – SURGE DE UMA LÂMPADA A ÓLEO.