Revista da ESPM - MAI-JUN_2007

20 R E V I S T A D A E S P M – MAIO / JUNHO DE 2007 absolutadoscasos, acomunicaçãocom o consumidor passou a depender basi- camente da embalagem. Cabe a esta, entre a profusão de cores e formas nas prateleirasegôndolas,atrairaatençãoda compradora, informá-la e predispô-la à compra do nosso produto. Não é uma tarefa fácil, mas é perfeita- mente possível, como atestam muitos casosde sucessodevidoprincipalmente à embalagem. Nesta edição da Revista da ESPM apareceo “case” doCarrefour, queaumentouasvendasdesuasmarcas próprias entre 150 e 300%, depois de uma mudança radical nas embalagens. Recentemente, a APAS (Associação Paulista de Supermercado) divulgou da- dos de pesquisa que mostramque 57% das compradoras em supermercados acabammudando a marca que tinham em mente e levam outra por causa do preço. Sabemos também que é grande a porcentagem de consumidoras que entram no supermercado dispostas a comparar diversas marcas, sem prefe- rência prévia por nenhuma. Enfim, o supermercado transformou-se em um grande campo de batalha, ondemilha- resde embalagens competementre si, pela preferência da consumidora. E não se diga que se trata de um jogo de cartasmarcadas pela propaganda, pois as pesquisam revelam que 92% das marcas vendidas em supermercados não são anunciadas. Emartigoanterior, falandodas empresas que nãodispõemdemuitos recursos para o seu marketing, fizemos uma afirmação enfática: Se você dispõe de poucos re- cursosepodeutilizar apenasuma forma de comunicação com o mercado, con- centre toda a sua verba na embalagem. Descontandoonatural exageroretórico, acredito nisso ainda hoje. São inúmeros os casos de marcas se- cundárias que se mantêm no mercado graçasaoseubomproduto,mastambém à embalagem, sem nunca ter usado propaganda. Hoje, a criação de uma embalagem de sucessonãoseresumeemumnovologo- tipo, ou um novo layout ; a tarefa deve envolver o estudo de novos materiais e novos avanços tecnológicos e exige a participação de consultores espe- cializados. Do lado da empresa, como já dissemos antes, o diálogo deve ser conduzidopor um executivo que leve em conta não só a função informa- tiva da embalagem, mas também a estratégia de posicionamento, a sustentabilidade e a tecnoeconomia da embalagem. EMBALAGEM E SUSTENTABILIDADE No último congresso da WPA (Associ- açãoMundialdaEmbalagem),realizado em maio p.p. nos Estados Unidos, a O “CASE” DO CARREFOUR QUE AU- MENTOU AS VENDAS DE SUAS MAR- CAS PRÓPRIAS ENTRE 150 E 300%, DEPOIS DE UMAMUDANÇA RADICAL NAS EMBALAGENS. HOJE, A CRIAÇÃO DE UMA EM- BALAGEM DE SUCESSO NÃO SE RESUMEEMUMNOVOLOGOTIPO, OU UM NOVO LAYOUT ; A TAREFA DEVE ENVOLVER O ESTUDO DE NOVOS MATERIAIS.

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