Revista da ESPM - MAI-JUN_2007

Francisco Gracioso 21 MAIO / JUNHO DE 2007 – R E V I S T A D A E S P M ABRIE(AssociaçãoBrasileiradaIndústria de Embalagens) propôs a criação de um selomundial para certificar embalagens sustentáveis,istoé,querespeitemomeio ambiente. Isto, por si só, demonstra a importância que as indústrias brasileiras estão dando a esse problema. Ainda é enorme a quantidade de embalagens vazias que acabam nos lixões no fundo dos rios, mas há muita coisa boa que já está acontecendo. Por exemplo, oBrasil é campeão mundial na reciclagem de latas de alumínio, alémde estar entre os países que mais reciclam embalagens plásticas e de papelão. Um dos pro- blemasmais sérios é oda reciclagemde embalagens longa-vida, cuja estrutura em camadas sucessivas de alumínio e plástico torna a separação extrema- mente complexa. Mas, trabalhando compesquisadoresbrasileiros,aTetraPak desenvolveurecentementeumprocesso inédito de reciclagem que será agora usado em todo o mundo. Há poucos dias, outro exemplo marcante chegou ao nosso conhecimento: graças aos esforços de toda a cadeia de produção edistribuição,oBrasiltornou-setambém recordista mundial na reciclagem das perigosas embalagens de defensivos agrícolas, recuperando no ano passado 85% das embalagens vendidas. Isso tudo não acontece por acaso. As grandes empresas brasileiras já sabem que o respeito aomeio ambiente é es- sencial para garantir a sua boa imagem corporativa, tanto quanto a qualidade dos seus produtos. Atémesmo o prob- lema das famigeradas garrafas PET já começa a ser resolvido. Cerca de 40% dessas garrafas já são recicladas no Brasil. Por último, outro velho prob- lema – as embalagens de isopor – está em vias de solução. A UNICAMP acaba de desenvolver uma biomassa degradável no ambiente, capaz de substituir o isopor com vantagens econômicas. A partir de agora, nen- huma embalagem deveria ser criada, ou reformulada, sem levar em conta a questão da reciclagem. Os materiais usados não podem conter resíduos perigosos, como metais pesados, por exemplo, e quando esses materiais não se decompõem na natureza, sis- temas especiais deverão ser previstos para recuperar as embalagens vazias e dar-lhes um destino apropriado. Algumas vezes, os problemas podem ser resolvidos facilmente, como é o caso das sacolas plásticas distribuídas gratuitamente em supermercados. Em muitos países isto já não é admissível. Ou as sacolas são cobradas, ou são substituídas por sacos de papel. É pre- cisoque as próprias empresas, pormeio das suas associações, tomem medidas para corrigir tais excessos, antes que o governo imponha leis restritivas. O que aconteceu recentemente em São Paulo, onde a Prefeitura proibiu totalmente a exibição de cartazes nas ruas, mostra A TETRAPAK DESENVOLVEU RECEN- TEMENTE UM PROCESSO INÉDITO DE RECICLAGEM QUE SERÁ AGORA USADO EM TODO O MUNDO. ATÉ MESMO O PROBLEMA DAS FAMIGERADAS GARRAFAS PET JÁ COMEÇAA SER RESOLVIDO. CERCA DE 40% DESSAS GARRAFAS JÁ SÃO RECICLADAS NO BRASIL. POR ÚL- TIMO, OUTRO VELHO PROBLEMA – AS EMBALAGENS DE ISOPOR – ESTÁ EMVIAS DE SOLUÇÃO.

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