Revista da ESPM - MAI-JUN_2007
Sérgio Haberfeld 41 MAIO / JUNHO DE 2007 – R E V I S T A D A E S P M gava. Não dava para fazer, a não ser com papel importado. Não podíamos importar, porque o custo era proibitivo. Eu estava no setor de vendas, e ouvi do meu pai: “Pensem em alguma coisa, pois temos de vender”. Lembrei, então, de duas coisas que passaram a ter metalização no exterior: árvore de Natal e balõezinhos do tipo I love NY. Pensei: “Ótimo, vou vender balão para os Estados Unidos”. Sem termos o que fazer com a má- quina, começamos a metalizar e a vender balão para um mágico que fazia cruzeiros. Preciso dizer que eu fui responsável pelo laboratório na época, mas tinha o gerente e o dr. Niven, que era o alemão, subor- dinados a mim, apesar de que eu não entendia nada. Eles eram os formados, os pós-graduados em química, enquanto eu era simples- mente o filho do dono, colocado ali para aprender. Então, diante daquela situação, o gerente sugeriu: “Isso, para café, é capaz de ficar bonito”. Ninguém sabia de proteção para coisa alguma, só que o filme de poliéster em si aumentava a proteção do café. Com isso, eu conversei com o nosso vice- presidente na época, Horácio, para que ele conseguisse com alguém no governo, como o Delfim, para mudar o prazo do IBC, já que o poliéster agüentava uns 30 dias. Fizemos um teste com o Café do Ponto, com seu Américo Sato – um grande amigo – e Horácio conse- guiu resolver com o governo. Nós metalizamos o poliéster, que já me- talizávamos por conta dos balões. “O PREÇO DA EMBALAGEM ERA ALTO, A SOLUÇÃO COMPLICADÍSSIMA.”
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy NDQ1MTcx