Revista da ESPM - MAI-JUN_2007

Entrevista 42 R E V I S T A D A E S P M – MAIO / JUNHO DE 2007 Imprimimos e metalizávamos depois. Com isso, a impressão não saía. No exterior, não era o fabricante de embalagem que metalizava. Comprava-se o filme metalizado e imprimia, mas aí tinha o problema do verniz, necessário para a tinta não sair. Nós fizemos o contrário e fun- cionou. Eu saía pelo Brasil todo vendendo e chegamos a comer- cializar para 600 torrefações diferentes das 1.050 que exis- tiam no Brasil (na época existia torrefação em todo lugar, pois por conta do prazo dos dez dias não dava para distribuir). E isso foi um grande sucesso, tanto que fomos capa da Exame . Conto tudo isso para mostrar que não havia planejamento, era tudo feito na raça mesmo. GRACIOSO – Hoje, quais são os desafios para o desenvolvimento de novas embalagens? Eles estão sendo resolvidos aqui, ou dependemos de idéias e experiências de fora? SÉRGIO HABERFELD – O grande desafio para o desenvolvimento de embalagens é o custo - que é insuportável. A sofisticação chegou a um grau muito elevado – não falo para coisas pequenas, mas em geral. E não é mais pos- sível reinventar a roda. Então, importa-se o necessário e copia- se o que é desenvolvido fora. Os clientes entendem muito mais de embalagem e até mantêm seus próprios departamentos. Outra questão é a distorção do custo do dinheiro e falta de capitalização “AS MULTINACIONAIS QUERIAM FAZER AQUI AS MESMAS EMBALAGENS SEM AS MESMAS CONDIÇÕES.”

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