Revista da ESPM - MAI-JUN_2007

Alan Baumgarten 55 MAIO / JUNHO DE 2007 – R E V I S T A D A E S P M ão é de hoje que a embalagem vem se consolidando como uma das fer- ramentas mais poderosas de comu- nicação de uma marca e do valor de um produto. A grande mudança de percepção, por parte das empresas usuárias de embalagem, está jus- tamente no reconhecimento desse poder para agregar valor ao negócio. Essa premissa, até pouco tempo atrás, era exclusiva das grandes empresas que, por sua capacidade empresarial, conseguem produzir embalagens exclusivas, de melhor qualidade e que fazem diferença no ponto-de-venda. Por serem menores e disporem de poucos recursos, as pequenas em- presas não conseguem tiragens de suas embalagens que alcancem os lotes mínimos exigidos pelas indús- trias e isso acaba por limitar ainda mais sua capacidade de competir. Assim, fica distante a possibilidade de as micro e pequenas empresas também terem acesso a uma “em- balagem que faça diferença”. De modo geral, independentemente de seu tamanho, todas as empresas trabalham focadas em um único ob- jetivo: saber onde está o consumidor, quais são as suas necessidades e o que vai agradá-lo e atraí-lo no ponto-de- venda. E é justamente nessa batalha de leões que a embalagem se con- solida como um item de competitivi- dade para os pequenos. Enquanto os grandes contamcomdisplays, cartazes e valiosas campanhas publicitárias, os pequenos lançam mão de uma fer- ramenta mais impactante e certeira: a embalagem. No ponto-de-venda, o consumidor nem sempre percebe tão claramente o investimento vultoso por trás de todo um aparato de propaganda e merchandising . O que ele enxerga de maneira mais simples e direta – e o que o convencerá a comprar – é uma embalagem que traduza os atributos do produto e o informe, com o devido charme, credibilidade e o apelo na dose certa, que está fazendo a escolha correta. A em- balagem é uma referência que valida o produto e avaliza a compra. Também é preciso deixar claro que por ser uma embalagem para uma empresa de pequeno porte ela não precisa ser necessariamente “pobre”. As pequenas empresas são uma rea- lidade irreversível e cada vez mais presente no dia-a-dia do Brasil. Até porque somos umpaís de empreende- dores! E ser pequeno, muitas vezes, garante uma maior flexibilidade de manobras e umamaior rentabilidade, em detrimento de uma sede glamou- rosa ou de um parque industrial de perder de vista. TAMBÉM É PRECISO DEIXAR CLARO QUE POR SER UMA EMBALAGEM PARA UMA EM- PRESA DE PEQUENO PORTE ELANÃOPRECISA SERNECES- SARIAMENTE “POBRE”. Alan Baumgarten

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