Revista da ESPM - MAI-JUN_2007

56 R E V I S T A D A E S P M – MAIO / JUNHO DE 2007 A pequena empresa descobre a importancia de uma boa embalagem Definitivamente não é o tama- nho da empresa que garante a importância de sua marca/produto no ponto-de-venda. Esta importân- cia será reconhecida quanto mais o produto/embalagem atender aos anseios dos consumidores e criar uma comunicação clara, transparen- te e sem ruídos. Além disso, os pequenos também já descobriram que a inovação é a mola propul- sora do crescimento. Neste sentido, criar uma embalagem inovadora e exclusiva é muito mais factível do que criar um produto inédito! O molho de tomate continua o mesmo, mas, em vez da lata metálica, ele foi colocado em uma embalagem stand-up pouch com formato de peixe e numa embalagem de vidro transparente... Assim como o macar- rão, que deixou a embalagem flow pack convencional, ganhou alguns ingredientes e foi colocado pronto em outra embalagem plástica que vai direto ao microondas; basta aquecer e comer. Conveniência não é atributo de em- balagem cara nem de embalagem desenvolvida por e para grandes mar- cas. Até porque, independentemente da classe social, o consumidor espera ser bematendido comamáxima con- veniência que o seudesembolsopuder prover. Mas toda esta vontade de aten- der ao consumidor – e se possível ao maior número deles – sofre umbaque quando a indústria se depara com um dos principais gargalos da embalagem – a “tiragem mínima”. Tem-se um bom produto, uma marca com credibilidade, mas o fabricante de embalagemsimplesmente não con- segue encaixar um pequeno lote em sua megaprodução. Esta constatação abre espaço para uma nova categoria de fabricantes de embalagem: os preparados para atender às pequenas tiragens. E este atendimento pode ser feito tanto com embalagens padrão como com embalagens exclusivas; tudo é uma questão de adequação de orçamentos e de criação de um plano estratégico para a marca e para o negócio. Mas a mensagem mais importante é que hoje uma empresa de pequeno porte não está mais desamparada, pelo menos não no que diz respeito à sua embalagem. O setor está mu- dando, estamos entrando em uma nova era na qual não é a quantidade de embalagens que faz a diferença, mas o quanto esta embalagem agre- gará de valor ao negócio de nossos clientes. Para atender às demandas das pequenas empresas e ajudá-las a encontrar fornecedores dispostos a atendê-las dentro de suas possibili- dades, aABRE –Associação Brasileira de Embalagem – criou um comitê formado por indústrias de embalagens que se dispõe a atender às pequenas tiragens. Este comitê abre novas possi- bilidades de relacionamento e permite uma ação institucional da indústria de embalagem no sentido de apoiar o desenvolvimento de pequenas em- presas para que elas possam crescer e se transformar no futuro em clientes importantes. Quase todas as empresas nascem pequenas e precisam de tempo e apoio para crescer. Só formaremos uma base industrial sólida se estas empresas tiveremacesso a um insumo fundamental para suaoperação.Afinal, sem embalagem, elas não conseguem distribuir seus produtos nummaior raio e fazê-los chegar até os consumidores das várias regiões do país. ESTA CONSTATAÇÃO ABRE ESPAÇO PARA UMA NOVA CATEGORIA DE FABRICANTES DE EMBALAGEM: OS PREPARADOS PARA ATENDER ÀS PEQUENAS TIRAGENS. O MOLHO DE TOMATE CONTINUA O MESMO, MAS, EM VEZ DA LATA METÁLICA, ELE FOI COLOCADO EM UMA EMBALAGEMDEVIDROTRANS- PARENTE...

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